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Mostrando postagens de 2021

Crônicas do Isolamento -- Em transição...

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Estou saindo do transe, entrando em um movimento de transição.  Aqui no Rio foi liberada a circulação sem máscaras em locais abertos desde o dia 28 de outubro. Claro, existem requisitos: 75% da população vacinável ou 65% da população geral já imunizada, nível de risco até o laranja (passou pelo vermelho a obrigatoriedade das máscaras em locais abertos volta). Em locais fechados, permanece a obrigatoriedade. Eu, particularmente, ainda não me sinto totalmente confortável com esta mudança. Foi tão difícil conscientizar sobre as máscaras e quando chegamos a um ponto de ver a maioria se valendo dessa proteção, ela é suspensa.  Sei que os dados vêm mostrando a queda do número de novos casos, mas sei também que ainda não acabou. Novas variantes, sintomas diferentes… A pandemia segue, infelizmente, e o que nos cabe é manter com os cuidados mínimos a que temos acesso.  Não preciso nem comentar que vacina é base e é fundamental, certo? A vacina é que nos permitiu avançar no movimento de voltar à

Meu IP, um doce pré adolescente...

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Onze anos. Cento e trinta e dois meses.  Quinhentos e setenta e duas semanas.  Quatro mil e quinze dias.  Esse é o tempo de vida desse blog.  Lembro que ouvi quando lancei o blog no ar - tímida, insegura, com medo de que alguém jamais teria interesse por algo que eu escrevesse aqui - um comentário geral sobre a 'moda' de blogs: "começar é fácil, difícil é manter". No meu caso, foi quase isso, com um ajuste nessa afirmação: começar não foi fácil. Foi apenas um ímpeto de coragem e de firmeza porque a motivação era maior do que tudo que me dava medo.  Depois de me descobrir diabética, eu descobri uma nova forma de viver o diabetes. Nada semelhante àquilo tudo que eu entendia como sentença...  E desde então, a motivação continua maior! Porque ainda existem pessoas que pensam que vão morrer disso mesmo.  Que pensam que o diabetes não tem jeito.  Que pensam que insulina é punição.  Mas não é. Nem punição, nem algo sem solução.  Me manter no ar não tem sido exatamente uma mi

Crônicas do Isolamento -- A volta ao escritório...

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Voltei ao presencial. Depois de um ano e oito meses, uma convocação para trabalhar no escritório. Projetos novos em análise, prazo de conclusão chegando e um espaço novinho esperando para ser ocupado.  A empresa, antes em Niterói, agora fica no Rio.  A expectativa era grande: estar de volta ao office sem o home; encontrar aquela galera que a gente se acostumou a ver através das câmeras do computador. Ansiedade tipo primeiro dia de aula! Não tinha nm roupa para essa ocasião. O peso aumentou, o que tinha no armário não estava exatamente confortável e foi preciso uma ou duas voltinhas em lojas para resolver essa questão.   Máscaras a postos, chegou o dia e lá fui eu. Reencontros, sorrisos escondidos mas sentidos com os olhos e, não teve jeito, abraços!! Não sabia como seria o dia por lá.  Apesar de estar fisicamente no local de trabalho, ainda tinham reuniões online acontecendo. Então, a agenda estava um tanto indefinida e sem previsão de horário de almoço ou uma paradinha para o café. Na

Hipo sem crise!

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Quando alguém me pergunta, aleatoriamente, qual é o meu maior medo em relação ao diabetes, a resposta é imediata: hipoglicemia.  Lembro claramente da primeira hipo que tive (já sabendo do que se tratava) no dia seguinte ao do meu diagnóstico.  Enjoo, uma sensação de fraqueza, de que eu não ia conseguir andar se tentasse levantar.  A partir dali, comecei a prestar atenção às sensações que me avisam que a glicemia está despencando: suor frio, mãos trêmulas, corpo não querendo me obedecer. É medir e confirmar: 60mg/dL, 72mg/dL; 45mg/dL... do que eu me lembro, a hipoglicemia mais complexa que eu já registrei foi de 34mg/dL. E aí tem a regra dos 15g de carboidratos.  Até 70mg/dL, essa é a quantidade indicada de carboidratos simples (aqueles que agem mais rápido para fazer a glicemia subir, como suco, refrigerante, mel...). O problema é que na hora que o corpo descompensa com hipo, a razão vai embora. O resultado é que eu comia tudo que estivesse pela minha frente! Coca-cola com chocolate co

Obrigada, Floripa!!

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Férias em tempos pandêmicos são diferentes. Eu, que adoro viajar, me segurei nesses últimos 18 meses. Posterguei o período de férias do ano passado porque estava em casa e não iria me expor. Até tomar a vacina, estava reclusa e evitando qualquer risco.  Deixei para este ano os dias de descanso e valeu a pena.  Com duas doses de vacina, decidi que ia aproveitar para ir atrás do sol. Floripa foi o destino escolhido.  Tenho uma relação especial com a Ilha da Magia.  Amigos, família, um lugar que me acolheu logo que me formei e faz parte da minha história.  Mais: como eu já conheço bem, não ficaria naquela ansiedade de sair, turistar e explorar novos lugares.  Passagem comprada, comecei a organizar e planejar tudo que seria preciso para viajar em tempos de restrições sanitárias.  Máscaras KN95, comprovação da vacinação contra a covid-19, álcool 70 em embalagem de até 100ml (é o limite permitido pelas companhias aéreas), atestados para insulinas e insumos - um na mochila de mão e outro na m

Da marca na pele…

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Quando era pequena, um dos desenhos que eu mais gostava de fazer era a rosa dos ventos. Lembro da minha professora de geografia reproduzindo aquele desenho no quadro da escola e do quanto eu achava incrível aquela simbologia que representava o mundo. O movimento de ir e vir mas tendo sempre uma direção indicada.  Lá pelos meus trinta, deicidi que queria marcar na pele uma rosa dos ventos. Simples, sem muita firula. Os pontos caredais indicados, o Norte marcado. Em volta dela, o uma borboleta e um caminho traçado.  Tatuagem é aquela história: depois da primeira, o gostinho de quero mais fica! Essa foi a minha segunda... A primeira, uma rosa - a flor - aberta desenhada no meu ombro, era para marcar a evolução ~ dos sentidos, dos sentimentos ~ com o passar do tempo. Os anos passam e as tatuagens permanecem.  Mas da mesma forma que o corpo, as tatuagens vão se modificando. O traço deixa de ser tão delicado, as cores ficam menos visíveis. E, da mesma forma como damos movimento ao corpo para

Crônicas do Isolamento - - “portas em automático”

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Adoro arrumar uma malinha para viajar! Faço com prazer. Nesse processo já começo a viagem da vez, pensando onde devo ir, o que tem de novo para conhecer, como estarão os dias… Agora, nesse momento ainda pandêmico, tudo era novo, desde a arrumação da mala até o fato de estar novamente circulando em um aeroporto. As férias curtinhas serviriam para voltar à sala de embarque. Floripa no radar!  A chance de rever a minha Sis, a prima, os amigos; um lugar que eu já conheço e, por isso, não traria aquela ansiedade de ter que sair e explorar a cidade. Comprei a passagem com uma alegria que não sei nem descrever.  Quando a data foi se aproximado, eu ainda estava um tanto descrente que ia encarar um avião - fechado, praticamente aglomerado - após todo esse tempo de reclusão. E eu, que sempre viajei levando meus insumos com a maior tranquilidade, me vi super preocupada pensando se poderia ter algum questionamento. Insulina basal extra, insulina de ação rápida extra, sensor extra,  glucagen , agul

Crônicas do Isolamento -- Viajei!

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Em um momento diferente, de menos casos de covid-19 registrados por dia, dos menores índices desde o início da pandemia, viajei.  Viajei para um hotel fazenda bem perto do Rio, duas horinhas de estrada.   Marcamos a viagem em julho, se não me engano, na esperança de estarmos em um período melhor considerando o avanço da vacinação.  As amigas de infância juntas de novo, depois de tanto tempo. Nós, que somos acostumados a comemorar Dia das Crianças, Páscoa, Natal, os aniversários - da gente e dos pequenos - passamos esses últimos 20 meses guardando os abraços de longe.  A escolha foi um local com muito verde, no meio da natureza, com muito espaço aberto para as crianças e os adultos curtirem com um mínimo de liberdade e diversão. E valeu muito a pena.  No primeiro dia, um misto de ansiedade com o que estava correto, o que era excessivo (apesar de ainda achar que nenhum cuidado é excesso...), o que precisava de mais atenção.  A espera por cada um que ainda ia chegar. Quanta ansiedade!! Ál

Quando falta educação, sobra preconceito!

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Quando ouvi da minha endócrino o meu diagnóstico de diabetes tipo 1, chorei. Chorei muito!  E sabe por que? Porque eu não sabia, de fato, o que aquilo significava. Achava que eu teria que parar a minha vida, que não poderia mais viajar, tocar tamborim, passear livremente. O motivo do meu choro não era o diagnóstico em si, mas o medo.  O medo do que eu não sabia. E quando a gente não sabe, a gente perde o racional. Sabe o que resolve isso? Informação. Educação. Nesse momento de choro, fui acolhida pela minha endócrino e pela minha ginecologista (que foi quem, de início, já desconfiava dos resultados dos exames e me encaminhou para a endocrinologista... tem mais sobre isso aqui, ó: Senta que lá vem história ). Ali, de imediato, eu entendi que não estava sozinha.  Foi assim que eu 'aprendi' a ter diabetes, a ser diabética: com acolhimento. Ouvi, fui ouvida.  O tratamento seria adequado à minha rotina, e não o inverso.  Jamais tive que mudar meu dia a dia em função da minha condiçã

Crônicas do Isolamento -- Resista!

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Eu nunca me imaginei circulando por aí usando máscaras que não fosses as de Carnaval (que eu adoro!). Essa, com requisitos específicos de proteção, elásticos que pegam atrás das orelhas, até então me remetiam somente à médicos, profissionais de saúde…  Via imagens que vinham do Japão e, apesar de entender o conceito por trás da escolha - se um estava doente, cabia a esse um proteger os demais e por isso saía de máscara - eu só conseguia pensar em como aquilo devia ser desconfortável. A pandemia chegou e a máscara veio como boia salva-vidas: era o que se tinha de mais seguro na tentativa de nos proteger do vírus. Um mês. Seis meses. Um ano… Durante todo esse tempo, acompanhando as notícias, os novos casos, o número triste e absurdo de perdas, as máscaras foram permanecendo, se tornando cada vez mais e mais necessárias.  E eu, que achava que seria passageiro e logo não precisaríamos mais delas, fui me acostumando na marra.  Um ano e meio e seguimos. Se é o que temos para trazer mais segu

Procure saber!

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Um pedido de doação de insulina nunca é em vão. Vindo de uma mãe então, é caso de extrema urgência, pode contar! Eu não tenho insulina sobrando.  Compro as minhas e aproveito descontos para abastecer o estoque sempre que posso. Mas a verdade é que eu não tenho faltando. Ela sim. Uma mãe. O pequeno de 10 anos com 13 unidades de insulina na caneta e nada mais.  Nas farmácias ela não encontrou. Nem sempre é fácil. Se não é fácil na zona sul, imagine na baixada do Rio de Janeiro...  E aqui não quero fazer nenhuma ode à melhor ou pior condição de vida, não. Quero somente mostrar a realidade que se repete por bairros e cidades desse Brasil. Conversei com a mãe - nunca tínhamos nos falado antes - e em poucos minutos vi a grandeza dessa mulher!  Muito além do próprio filho, ela já se movimentou por entender o quanto falta de tratamento, educação e informação onde moram.  Chamou um vereador do município, explicou a situação e apresentou a proposta de desenvolvimento de um projeto social que vis

Crônicas do Isolamento -- A insistência pelo que é devido...

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O sujeito que ocupa a presidência do país sai daqui e vai explanar lá na ONU o monte de baboseira que ele não se cansa de repetir.  Antes da volta, o Ministro da Saúde - depois de xingar as pessoas através de gestos - é diganosticado com covid. O outro vai na CPI e faz marketing da sua rede de lojas.  Enquanto tudo isso acontecia, seguia-se a investigação sobre a empresa que obrigou a médicos que usassem medicamentos inúteis em pacientes internados e, depois, os obrigou a alterar certidões de óbito.  Ah, sem esquecer sobre o ganho de dinheiro do excelentíssimo Ministro da Economia em um paraíso fiscal…  É impressionante a capacidade que eles têm de se superar na arte de fazer o mal-feito. Nem em uma trama de filme ruim seria possível tantos absurdos de uma vez! O número de ocupação das UTIs está caindo.  De acordo com dados do consórcio de imprensa que vem monitorando o avanço da pandemia no Brasil, dos pacientes com coronavirus  internados atualmente, 94% deles se recusaram a tomar a

Mil vezes coragem!

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Desde o dia um desse Insulina Portátil escuto títulos que me vão sendo dados e, confesso, ainda tenho dificuldade em aceitar. Blogueira.  Influenciadora. Educadora.  No fundo, me vejo somente como uma igual.  Como quem quer dividir o que aprende por acreditar que os outros podem aprender também. Por acreditar, principalmente, que é preciso mudar esse peso que é dado ao diabetes, ao diabético.  Não somos um diagnóstico.  Não somos uma doença. Não somos as complicações que podem vir pela falta de educação e acesso adequados.  Somos força! Mais força do que quem não tem a condição pode imaginar. Uma força que nem sempre desperta com a gente, mas que renasce a cada verificação de glicemia que começa com o 'bom dia'. Uma força que rege cada decisão, inclusive as erradas. Porque haja coragem para chutar a quantidade de carboidratos e esperar só mais um pouquinho para ver se a glicemia abaixa sem aplicar mais insulina... Haja coragem para encarar uma hipoglicemia de queixo erguido enq

Uma voltinha pelo universo glicêmico...

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Controle: ato ou efeito de controlar(-se). No diabetes e na vida. E nem sempre a gente tem a vida sob controle.  Quer saber? Com o diabetes também não. Mesmo quando acha que sabe tudo! Um jantar levinho: cenoura, palmito, alface romana fresquinha.  Parmesão em pedaços, uma foccacia deliciosa. A glicemia antes de começar a comer me brindou com um unicórnio: 100mg/dL. Certeira!! Me dei ao luxo de tomar um vinho para acompanhar.  Comi pouco e na hora achei que não precisasse - ainda - da insulina.  Medi duas horas depois e a glicemia estava 157mg/dL, estável.  Dormi sem aplicar insulina de ação rápida. O medo da hipoglicemia me faz tomar esse tipo de decisão... Hoje acordei, medi: 111mg/dL.  Geralmente acordo com a glicemia na casa dos 90mg/dL. Então, fui olhar o gráfico da madrugada: a doçura bateu na casa dos 250mg/dL. O resultado da decisão (errada) de não aplicar insulina para a foccacia. Pão é pão! Pão faz a glicemia flutuar pelo universo glicêmico. Eu sei disso. Eu tenho clareza abs

Crônicas do Isolamento -- Ainda...

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Quarentena, dia 551. Até aqui, quinhentos e cinquenta e um dias evitando exposição que traga riscos.  Até aqui, ainda esperando por dias melhores, mas sem deixar de reconhecer a sorte de estarmos bem e com saúde. Ainda não acabou. Ainda não tem vacina suficiente. Ainda questionam a ciência.  Ainda tentam convencer o povo sobre remédios com ineficácia comprovada. Ainda insistem em dizer que máscaras não protegem. Ainda tem quem ignore a importância do distanciamento. Ainda tem hospital lotado. Ainda tem uma CPI tentando provar que o presidente é culpado. Ainda tem desdém pelas mortes ocorridas. Ainda tem quem acredite em conspiração chinesa. Ainda tem escolas sem condição de voltar a receber seus alunos.  Ainda tem - muitos! - desempregados.  Ainda tem luto. Ainda tem luta!  Ainda dói pensar em tudo que poderia ter sido evitado se os governantes desse Brasil continental fossem sérios e tivessem trazido as vacinas logo que elas foram oferecidas.  Se eu não consigo mudar isso, eu ainda ac

A vida de doçura como ela é!

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Esses dias eu estava muito diabética! Brincadeiras à parte, a coisa ficou esquisita por aqui.  Pelo que eu pude avaliar, foi uma sucessão de fatores: insulina de ação rápida de menos, comida demais, ansiedade para resolver pendências de trabalho lá no alto e um ataque à uma quantidade de açúcar que não costuma acontecer.  Vamos aos fatos: Para começar, um flashback da volta do feriado. Fugimos para a roça aproveitando a folga. Por lá foi tudo bem ao longo dos quatros dias. Glicemias super comportadas.  Voltamos na terça-feira e chegamos no Rio no final da tarde.  Paramos numa delicatessen para garantir o jantar, que o cansaço da viagem e o que precisaria ser organizado para o dia seguinte ainda iam consumir o restinho de energia que sobrou. Começa aqui o potencial causador do caos glicêmico: do lado da loja em que compramos a pizza do jantar e o pão do café da manhã, tinha uma outra lojinha que vende só pastel de belém (aquele docinho português que é feito de massa folhada, ovos e aç

Crônicas do Isolamento -- Eu nem vi!

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Setembro chegou e eu nem vi! A glicemia, o trabalho, a pandemia… Tem uma nova variante mas não tem vacina para todos. Tem instrução de manter o distanciamento e o uso das máscaras, mas tem um montão de gente por aí ignorando! Que difícil isso tudo. Quando eu acho que está perto de termos uma virada e uma grande melhora na situação, vem uma sacudida de aumento de novos casos. Tô cansada. Cansada de lavar as compras.  Cansada de passar álcool em tudo. Cansada de ter que me privar de encontros e abraços.  Mas tô mais cansada ainda dessa galera que não respeita os cuidados mínimos de prevenção e, pela falta de responsabilidade, expõe quem passa do lado. Até quando?? O fato é que enquanto não houver consciência, mais longe ficamos da solução. Ainda dói quando penso que já poderíamos estar em uma situação bem menos crítica e em tudo que nos deixou nesse patamar avassalador de mortes. Minha esperança está no aumento - ainda que menor do que o deveria ser - do número de pessoas vacinadas no Br

Crônicas do Isolamento -- Mais uma dose?!!

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Eu sou chata. Quer dizer, eu estou chata. Desde o começo da pandemia venho me cuidando e me mantendo em casa. Faço isso porque, além de saber que minimamente é o que pode garantir uma proteção a mim e aos que estão no meu entorno, sei também que isso é o correto no caminho para acabar com esse caos. Se tenho a oportunidade trabalhar de casa, não tem razão para me expor além do necessário E por muito tempo, me mantive assim. Não saía. Não encontrava.  Não ia ao mercado.  O que podia chegar na minha casa, ok.  Se não tinha proteção e segurança, esquece.    Isso não era frescura. Era um cuidado para além do meu umbigo.  Era para manter um mínimo de controle de riscos.  Era isso o que estava ao meu alcance fazer. Era amor. E por esse amor, sigo ainda à esta máxima.  Me permito, depois da vacina, parar em um restaurante com mesinha em espaço aberto e sentar para almoçar. Me permito ir ao hortifruti escolher meus legumes e minhas frutas pessoalmente.  Me permito. E me permito também não esta