Uma voltinha pelo universo glicêmico...

Controle: ato ou efeito de controlar(-se).
No diabetes e na vida.
E nem sempre a gente tem a vida sob controle. 
Quer saber? Com o diabetes também não. Mesmo quando acha que sabe tudo!

Um jantar levinho: cenoura, palmito, alface romana fresquinha. 
Parmesão em pedaços, uma foccacia deliciosa. A glicemia antes de começar a comer me brindou com um unicórnio: 100mg/dL. Certeira!!
Me dei ao luxo de tomar um vinho para acompanhar. 
Comi pouco e na hora achei que não precisasse - ainda - da insulina. 
Medi duas horas depois e a glicemia estava 157mg/dL, estável. 

Dormi sem aplicar insulina de ação rápida.
O medo da hipoglicemia me faz tomar esse tipo de decisão...

Hoje acordei, medi: 111mg/dL. 
Geralmente acordo com a glicemia na casa dos 90mg/dL. Então, fui olhar o gráfico da madrugada: a doçura bateu na casa dos 250mg/dL. O resultado da decisão (errada) de não aplicar insulina para a foccacia. Pão é pão! Pão faz a glicemia flutuar pelo universo glicêmico. Eu sei disso. Eu tenho clareza absoluta sobre isso. 
Mas junta o cansaço com o sono com a glicemia aparentemente estável e aí fica fácil esquecer de tudo o que a gente já sabe.

Passou.
Fiquei bem e ficou, na marra, a lembrança que o diabetes precisa de muitas ações para que o controle se mantenha. 

Tudo (momentaneamente) de volta ao controle. 
Tudo (momentaneamente) claro sobre insulinas e tempos de ação e efeitos dos alimentos no organismo de quem é doce pelo diabetes. 

Frequentemente tenho sentido o cansaço me levar por curvas de glicemias que eu não gosto.
Aquela coisa de que você acredita do fundo coração que o pâncreas capenga vai dar uma ajudinha, sabe?
Tipo quando você fura o dedo e não sai o sangue... você fica olhando com os olhinhos cerrados achando que com a força do pensamento o sangue vai brotar! 

Há muito mais sobre a vida com o diabetes do que se possa imaginar. 

O que fica é a decisão, diária, de seguir fazendo o melhor que eu posso por mim. 
E vale lembrar também como tudo aconteceu antes do meu diagnóstico, para não deixar passar sintomas que estão me mostrando que preciso dar mais atenção aos sinais do meu corpo. 

Porque viver bem com o diabetes é possível. 
Só que cabe a mim seguir com disciplina, atenção e a certeza de que eu tenho todas as ferramentas que eu preciso.


Todo dia, um dia de cada vez. 

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