Crônicas do Isolamento -- E daí?
Um casal, duas crianças. Eles, de mãos dadas, a pé; os pequenos na frente, cada um na sua bicicleta. Os quatro mascarados. Os quatro no calçadão, sem necessidade. Quadra de basquete do Aterro do Flamengo. Dois jovens. Sem máscara. Sem necessidade. No entorno, trabalhadores da Comlurb. Eles, essenciais; Os 'atletas', irresponsáveis. Uma profissional que, eu imagino, seja da área médica: coberta com macacão, rosto protegido com máscara. Saindo de um prédio, deve ter ido prestar algum atendimento domiciliar, levando conforto e cuidado a quem precisa. Ela, correta. Ela, essencial. Os outros, circulando a passeio e sem se preocupar com o próximo, egoístas. A categoria dos egoístas anda crescendo. Me entristece um tanto perceber essa verdade. Eu também adoraria andar livremente em um dia de sol, como se fosse só mais um dia comum. Só que não é. Quando o comum é o noticiário sangrando pela tragédia que se espalhou no mundo, ver o egoísmo enraizado dá um aperto enorme no peit