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Mostrando postagens de janeiro, 2019

Inexata...

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"Que o mundo é sortido Toda vida soube Quantas vezes Quantos versos de mim em minha alma houve Árvore, tronco, maré, tufão, capim Madrugada, aurora, sol à pino e poente Tudo carrega seus tons, seu carmim O vício, o hábito, o monge O amor O amor A gente é que é pequeno E a estrelinha é que é grande Só que ela tá bem longe Sei quase nada, meu Senhor Só que sou pétala, espinho, flor Só que sou fogo, cheiro, tato Plateia e ator Água, terra, calmaria e fervor Sou homem, mulher Igual e diferente de fato Sou mamífero, sortudo, sortido, mutante Colorido, surpreendente, medroso e estupefato Sou ser humano Sou inexato". Em dia de completar mais um ciclo, pego emprestado o poema da Elisa Lucinda para reafirmar o que eu sou, agradecer e celebrar. Sou tudo isso, junto ou um pouquinho de cada vez. O racional e o passional. O sentimento. A resistência. Mas sabe o quê? Quero - ainda - um tanto mais!! Quero ser paciência, resiliência... Quero mudar. Aprender

"Dedo mindinho, seu vizinho, pai de todos, fura bolo"...

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E de repente, depois de perder um sensor e ter que esperar até o dia seguinte para conseguir comprar outro, me vi completamente perdida. Foi a primeira vez que me senti desorientada tendo como 'único' recurso o furo no dedo. E achei isso uma insensatez! Quando fui diagnosticada, a primeira coisa que pensei foi o quanto eu era grata por existir um tratamento. Simples assim! Insulinas, tiras teste, lancetas... todas as ferramentas para me manter bem. No dia a dia, fui entendendo que cada furinho nos dedos me proporcionava um melhor controle e uma melhor qualidade de vida. De vida saudável, de vida real, trabalhando, viajando, passeando, curtindo meu carnaval e até uma preguicinha de vez em quando. A monitorização da glicemia é uma das maiores evoluções no tratamento do diabetes. E aí chegaram os sensores! Fissurei na proposta antes mesmo do Libre aportar em terras brasileiras ... Assim que foi possível, me rendi a ele . O que acontece é que me acostumei a ver a minha gl

Consulta Pública: Análogos de Insulina de Ação Prolongada

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A CONITEC  está com mais uma Consulta Pública referente ao diabetes: Até o dia 17 de janeiro, pessoas com diabetes, familiares, médicos e outros profissionais da área de saúde vão poder dar a sua opinião em relação ao uso das insulinas análogas de ação lenta. Trata-se das insulinas tipo degludeca, glargina e detemir. Na prática, são as insulinas Tresiba, Lantus, Toujeo, Levemir. Em uma análise inicial, a posição da CONITEC é contra a inclusão deste tipo de insulina no protocolo de tratamento e dispensação pelo SUS. A alegação deles é que "não houve nenhuma diferença estatisticamente significativa entre as insulinas detemir ou degludeca quando comparadas à NPH na redução dos níveis de hemoglobina glicosilada". (Trecho destacado do Relatório CONITEC para a Sociedade ). Eu tenho diabetes tipo 1 há quase 10 anos. No começo do meu tratamento, usei a insulina NPH. Apesar dela ter cumprido o seu propósito, eu tinha uma variação glicêmica muito grande, com vários episódios

Dê as mãos aos novos dias...

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“usar as mãos para sobreviver, definir um calendário, seguir o calendário, os detalhes: dar atenção aos detalhes". (...) "Firme os dedos, garota Coragem, garota Coragem nas mãos". Assim eu começo o novo ano: com coragem, através das palavras da minha amiga escritora Juliana Leite. No primeiro romance da Ju - ‘ Entre as Mãos ’ - ela traz a coragem como protagonista em um caso de superação, de recomeço. Nas surpresas da vida com uma situação inesperada, a importância de sabermos ter paciência, calma, resiliência e empatia. Assim foi comigo em relação ao diabetes. O diagnóstico de uma doença da qual eu não tinha qualquer informação foi enfrentado com tudo isso aí. Sim, começou como um embate, um enfrentamento. Achava que ia “passar” em alguns dias e, depois, em algumas semanas... Quando entendi que não era bem assim, a coragem chegou. Foi só aí que eu decidi dar as mãos e ficar de bem com essa nova condição. Usar as mãos para sobreviver, como recomen