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Mostrando postagens de junho, 2019

Pra manter o movimento...

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Há quatro anos e cinco meses eu me despedia do projeto de implantação da usina hidrelétrica de Jirau. Trabalhar na área de de energia aconteceu, não foi uma escolha direta. Primeiro no estágio, depois como trainee, assim que eu me formei. Segui por esse caminho dali em diante. Foram quatro usinas, quatro projetos que, apesar de semelhantes no seu produto final, foram absurdamente diferentes. Contratos, obras, amigos e muita dedicação. A decisão por sair veio depois de muito pensar. Percebi que já não estava mais tão envolvida... A vida tinha aberto outras portas e eu estava cada vez mais curiosa e empenhada em descobrir o que aquilo tudo me reservava. O diabetes, que de início era ‘somente’ um diagnóstico, já tinha se transformado em propósito, estudo, interesse maior. O blog estava voando e alcançando novos ares e a vida pessoal também pedia mais espaço para acontecer. Nesse tempo, cresci, comecei uma outra pós graduação - na área da saúde!  - e me coloquei a postos para o que podia c

Gente com diabetes inspira...

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Para você, o que significa ter diabetes? Foi  respondendo a essa pergunta que eu encerrei a minha participação no 2º Workshop para Influenciadores em Diabetes.  Divididos em três grupos,  participamos  de uma atividade dinâmica para colocar em prática a aula sobre brincadeiras terapêuticas...  Cada vez que tenho a oportunidade de estar com pessoas que convivem com o diabetes, sejam diabéticos como eu ou profissionais de saúde que trabalham na área e pela causa, me pego pensando em tudo que aconteceu desde aquele março de 2009 do meu diagnóstico .  Jamais imaginei que por conta de uma 'doença' eu pudesse descobrir uma nova profissão, de que isso me levaria para viajar pelo mundo e - quiçá! - que eu fosse escrever um livro infantil. Ter transformado aquele choque de me ver na estatística dos que tem uma condição de saúde sem cura - até aqui, pelo menos - em possibilidades tão grandes de crescimento e sobrevivência  foi mesmo uma salvação, sem dúvida.  Des

..."bobeira é não viver a realidade"...

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Quando eu recebi o meu diagnóstico, não fazia ideia do que e nem de como tudo aquilo mudaria a minha vida. Uma rotina nova, cheia de furos na pança, na perna, no braço, nos dedos... Números fazendo parte de todas as minhas decisões. Contas e planilhas de controle muito além dos meus contratos de engenharia. Um caderninho de anotações cheio de registros de glicemias passou ser companheiro inseparável... Nomes complexos que se tornaram tão familiares: hemoglobina glicada , creatinina, degludeca , cetoacidose . Hein?? Pois é. Os termos passaram a ser comuns e parceiros no processo de autocuidado e tratamento diário do diabetes. O questionamento inicial vez ou outra ainda pairava: - Mas eu? Diabetes? Eu nem como doces... Isso era tudo o que eu pensava que sabia sobre a condição. Achava mesmo que o açúcar era o grande vilão e que depois do diagnóstico eu não teria nada além de restrições. Grande engano! Hoje em dia sei que o caminho para o melhor controle é um conjunto de fator