Obrigada, Floripa!!

Férias em tempos pandêmicos são diferentes. Eu, que adoro viajar, me segurei nesses últimos 18 meses.
Posterguei o período de férias do ano passado porque estava em casa e não iria me expor. Até tomar a vacina, estava reclusa e evitando qualquer risco. 
Deixei para este ano os dias de descanso e valeu a pena. 
Com duas doses de vacina, decidi que ia aproveitar para ir atrás do sol.
Floripa foi o destino escolhido. 

Tenho uma relação especial com a Ilha da Magia. 
Amigos, família, um lugar que me acolheu logo que me formei e faz parte da minha história. 
Mais: como eu já conheço bem, não ficaria naquela ansiedade de sair, turistar e explorar novos lugares. 

Passagem comprada, comecei a organizar e planejar tudo que seria preciso para viajar em tempos de restrições sanitárias. 
Máscaras KN95, comprovação da vacinação contra a covid-19, álcool 70 em embalagem de até 100ml (é o limite permitido pelas companhias aéreas), atestados para insulinas e insumos - um na mochila de mão e outro na mala que seria despachada, com as agulhas extras.

Na mala, mais roupa do que eu levaria normalmente. Sou boa de arrumar a malinha e sempre penso de forma objetiva quando escolho o que levar. Mas não sabia se passaria por algum desconforto que me levasse a não querer repetir um short ou uma calça, por exemplo. Então, levei tudo em maiores quantidades.

Chegado o dia do voo, fui cedo para o aeroporto com receio de ter algum problema em função das insulinas e agulhas nesses tempos de maior atenção e segurança com questões de saúde. 
Check in feito, ninguém me pediu comprovação da vacina. 
Embarque feito, ninguém me pediu comprovação da vacina! 
Fiquei bem decepcionada com isso. Quando comprei a passagem, o site da companhia aérea dizia que era obrigatória a comprovação através do certificado emitido pelo SUS ou da carteira de vacinação. Ainda, que para o voo só seria aceita a máscara no modelo KN95. 

Nada disso foi cumprido.
Pessoas com máscaras de pano, nenhum pedido de comprovação de que eu havia sido vacinada. 

Enfim, não bebi uma água durante todo o voo. Não comi nada. 
Medi a glicemia antes do embarque para garantir que não passaria por uma hipo durante a viagem.  Entrei de máscara e fiquei assim até o pouso e desembarque.  

Uma certa tensão de estar em um ambiente totalmente fechado e totalmente ocupado.
Mas valeu!

Sair de casa, estar em um aeroporto, voar, viajar... tudo isso me trouxe de volta a crença de que podemos ter novamente dias de liberdade.
Apesar das restrições ainda necessárias, dos cuidados de proteção individual e, principalmente, coletiva, consegui me sentir efetivamente de férias.

Um mergulho no mar, um passeio pela cidade, um final de tarde na Lagoa da Conceição. 
Camarão e siri. Cerveja e caipirinha. 
E uma atenção especial à glicemia!

Rede e série na TV. 
Lua cheia e sol. 
Piscina e descanso
Muito papo e muito riso.
E insulina para manter a doçura sob controle.

Consegui, apesar dos tempos estranhos em que estamos passando, me desligar do trabalho totalmente. 
Como lá tenho uma casinha pra chamar de minha, me vi, por alguns dias, um pouco mais livre de máscaras.
A amiga que a vida fez irmã acolheu. 
A prima que há muito não via esteve pertinho.

Sempre dei valor a este tipo de 'conquista'. Hoje em dia, ainda mais!

Obrigada, Floripa!!





Foram 12 dias de sol e alegria. 
Obrigada aos meus, que estiveram junto. 
Como foi bom rever amigos e família. Relembrar histórias, criar novas, celebrar momentos.

Voltei para casa já pensando na próxima viagem... 

Que os cuidados não cessem até que o risco ao vírus tenha cessado. 
Que as vacinas sigam sendo nosso maior suporte e nossa grande ferramenta contra esse vírus. 

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