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Mostrando postagens de dezembro, 2019

O balanço das horas...

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Entre o balanço das horas, o pilates ficou de fora. Não, não é o ideal. 2019 não foi exatamente um ano ideal. Extremismos, agressividade, preconceito pairando no ar. Sei lá, uma energia estranha. Eu, que sinto a virada do ano como um recomeço, estou até feliz por já estarmos com 2020 dando as caras. Mas, no fundo, ainda tenho o que comemorar: voltei a trabalhar na minha área base de formação, em uma empresa bem bacana; consegui manter a doçura do diabetes em ordem; minha Rima voou por aí, inspirando e representando tantos pequenos pelo Brasil afora... Do ano que fica, o agradecimento e o reconhecimento pelo que ensinou e me trouxe como desafio e crescimento. Gosto dessa energia de chegada do novo ano. Desde as últimas horas do 31 de dezembro já começo a pensar em tudo que aconteceu. O que foi lição, o que foi conquista, o que foi novidade, o que foi choro, o que foi riso. Gosto de mentalizar o positivo. Gosto do branco. Gosto dos desejos de leveza e paz. Para cada um de

O alerta vermelho!!

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Todo mês aumento em ma unidade a minha dose de basal durante o período menstrual. Meu controle fica mais difícil e as variações de glicemia bem mais frequentes. Claro que essa instabilidade toda gera ansiedade, irritação e traz aquela sensação chata de que não estou no comando. Parece que faço tudo errado. Parece que insulina vira água! Algumas vezes esqueço dessa interferência dos hormônios e só no terceiro ou quarto dia do ciclo me dou conta da razão de toda a alteração na doçura. Pronto, faço os ajustes devidos na insulina de todo dia. Mas esse dezembro... ah! Esse foi demais!! Natal, rabanada, dias de papo no sofá na casa da Mamy, preguiça de feriado. Junta tudo, mistura com os dias do período e o resultado não poderia ser diferente: aquela montanha-russa de glicemias que chega a dar inveja às mais radicais e cheias de loopings dos parques de diversão. O que ocorre é que durante o período menstrual o organismo perde um pouco da sensibilidade à insulina . E eu, apesar dos

Preconceito: a contramão do cuidado.

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Ao longo dos anos, conheci pessoas e conheci outras rotinas. O diabetes é o elo. Os tratamentos são diferentes, assim como a forma de enxergar a condição é diferente. Diabetes é pessoal e intransferível. Duas pessoas com o tipo 1 são absolutamente distintas, por exemplo. E talvez tenha sido por isso que eu tive tanta dificuldade em entender que os casos de preconceito com pessoas diabéticas eram reais. Por aqui, nunca passei por uma situação assim. Nem no batuque, nem em casa, nem nas minhas viagens, nem no trabalho. Ao contrário, tenho ao meu redor pessoas dispostas a aprender e ajudar. Mas infelizmente não é sempre assim. Já ouvi histórias de gente que não tem apoio da própria família; gente que passa por um processo seletivo enorme e, ao final, acaba sendo 'descartado' porque tem diabetes; gente que até em meio à diversão é taxado como louco, por sentir - no corpo e na alma - as variações provocadas pela doçura do diabetes. Vez ou outra me perguntam o que pode influ

9 anos de doçura pelas redes!!!

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Diabetes é sobre cumprir horários e tarefas. Dizer que nada mudou na minha vida depois do diagnóstico seria uma mentira das grandes. Eu tenho diabetes. Desde 2009, eu tenho diabetes tipo 1. E eu nem sabia o que era isso. Achava que diabetes era diabetes e só. Aprendi que não. Tem tipo 1, tipo 2, tipo Lada, tipo Moody... Tem insulina na caneta, na seringa e na bomba. Tem agulha de 4mm, agulha de 8mm, até de 12mm. Tem gente que aplica sozinho, tem gente que não. Tem gente que prefere o sensor, tem gente que nem gostou! Tem furo no dedo, furo na barriga, furo na perna. Mas tem gente, infelizmente que não tem nada disso. Porque diabetes não é sentença para quem tem... mas pode ser para quem não pode ou não consegue ter acesso à médicos, ao tratamento e à informação. Não pode ser assim. Não pode uma doença que já foi classificada como fatal seguir matando pela falta de acesso a tudo isso. Não pode! Diabetes é tipo educação continuada, sabe? Diabetes é todo dia. Eu tenho diabe

Nostalgia pré-diabetes... Será?

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Às vezes eu queria voltar àquele tempo em que não tinha celular. Ou um tempo mais antigo ainda, em que o telefone era o da vizinha, para recados ou notícias rápidas. Desconectar para conectar. Clichê, né? No mundo do avesso e disparado, de atropelo das horas e dos dias em que a gente está, isso parece tão confortável... E aí me pego pensando também se queria voltar ao tempo em que eu não tinha diabetes. Nem precisava medir glicemias, aplicar insulina, contar carboidratos. Contava as respostas naquele caderno de perguntas da escola. Contava as histórias que faziam o coração disparar com a paixonite adolescente... Contava, bem antes, os papéis de carta. Hoje conto a quantidade de insulina que ainda tem, os dias restantes do sensor aplicado no braço, as agulhas que ainda têm na caixa... Conto as contas! Tem boleto disso, boleto daquilo... Mas, quer saber, conto amigos e viagens e abraços e realizações. Conto as novas amizades que vieram com a doçura. Conto as oportunidades que vier