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Mostrando postagens de julho, 2017

MiniMed 640G: Cena 2 - Quase bombando...

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31 de julho era a data marcada para começar o novo tratamento da vida doce... Ia colocar a bomba de insulina hoje. Só que com a demanda por este tipo de tratamento aumentando, faltaram sensores. Eu explico... A Medtronic está lançando a MiniMed640G no Brasil, mas as bombas de infusão de insulina já são utilizadas há muito mais tempo. Por conta disso, o sensor que se comunica com a bomba - o ' Enlite ' - passou por um período de baixa no estoque, como informado pelo comunicado da empresa:  " Devido ao aumento significativo da demanda pelos nossos sensores de glicose, estamos vivenciado disponibilidade limitada deste produto. A melhora significativa de nosso CGM ('continuous glucose monitor', ou, monitor contínuo de glicose), combina com novas coberturas de reembolso em alguns países e aumento da conscientização sobre os benefícios da monitorização contínua, ocasionaram aumento de sua utilização.  Com base nisso, reavaliamos estimativa

MiniMed 640G: Cena 1 - Bombando!

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Há uns dois anos, minha endócrino me perguntou, durante uma consulta, se eu tinha interesse em usar bomba de insulina. Respondi com outra pergunta: "você acha que eu preciso"? - Não, mas se um dia quiser, fale comigo e testamos. Para entender melhor do que se trata : "As bombas de infusão de insulina são equipamentos pequenos e portáteis que liberam insulina de ação rápida 24 horas por dia. Do tamanho aproximado de um pequeno telefone celular, as bombas de infusão de insulina liberam insulina através de um pequeno tubo e uma cânula (conhecidos como conjunto de infusão) colocados sob a pele". É um tratamento diferente do que eu faço. Hoje minha terapia é com insulina de ação longuíssima (Tresiba) + insulina de ação rápida (NovoRapid). Mas, finalmente chegou a oportunidade de conhecer como funciona o sistema de infusão contínua de insulina - a Bomba! E chegou junto com o lançamento da tecnologia mais moderna que já aportou em terras brasileiras: " o MiniMed

Pode sim.

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Mas pode brincar o carnaval? Pode beber cerveja? Pode viajar sozinha? Pode tocar tamborim? Pode. Pode sim! Por mais que se imagine que não pode um monte de coisa, a gente pode sim. A vida com a doçura é cheia de questionamentos, cheia de dúvidas. No começo, tem alguns 'não pode'. Eu também tive, era preciso colocar algumas coisas de volta ao seu devido lugar... Depois, aos poucos fui aprendendo que com adesão ao tratamento, conhecimento , aprendizado, conversas e esclarecimentos com a minha endócrino e assumindo a responsabilidade de docinha no dia a dia , a gente pode sim. Pode porque eu decidi ficar de bem com essa condição . Pode porque eu decidi entender como cuidar desse tal diabetes tipo 1, que chegou chegando. Pode porque eu tenho uma super endócrino que banca, junto comigo, a minha rotina. Pode, porque todas as pessoas à minha volta também assumiram essa condição e cuidam de mim e da minha doçura com amor e dedicação. Pode. Pode sim! Pode ser que o

Só um número no visor?!

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Mas peraí: e a interpretação dos resultados? Só monitorar sem prestar atenção ao que os resultados adianta? No tratamento com diabetes tipo 1, a monitorização é imprescindível para definir a quantidade de insulina a ser aplicada. Ajuda na correção da contagem de carboidratos, a identificar se a dose de insulina - seja basal ou bôlus - está adequada ou não e é super importante para prevenir uma hipo. Acompanho alguns grupos de discussão sobre diabetes nas redes sociais e me apavoro com perguntas do tipo "Minha glicemia de jejum deu 250mg/dL. Isso é bom?". A sensação que eu tenho é que as pessoas usam o glicosímetro mas sem saber nem para que. Não sei se pelas consultas relâmpago que acontecem em algumas unidades de saúde ou clínicas, independente de serem públicas ou particulares, não sei se pelo medo de furar o dedo, não sei se pelo medo do diabetes. A única coisa que eu sei é que isso precisa mudar. A condição é controlável, a condição não é uma sentença, mas é preciso

Outro rumo... novas certezas!

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4 anos atrás, nesta mesma época, eu recebia um email que me fez aceitar, mas ainda, que o diabetes não ia mesmo me limitar. Mais: me levaria para um caminho onde a educação em diabetes se mostrava muito maior - e mais importante - do que eu já acreditava. O Congresso Mundial de Diabetes de 2013 foi uma virada de chave... Agora, com uma bagagem maior de conhecimento, de empenho, de pesquisas, de conversas, de informação compartilhada e, inclusive, com uma Revista lançada com o objetivo de falar diretamente com quem precisa ouvir, um novo email tal qual aquele primeiro. "Dear Mrs. Machado..." Tudo igual: a emoção, o frio na barriga, a vontade de gritar e contar para todo mundo o que a gente tinha alcançado... aonde a gente estava chegando. Aonde essa Revista estava levando a gente!! Abu Dhabi é esse 'aonde'. O 'o que' é o Congresso Mundial de Diabetes de 2017! A matéria de capa da nossa edição de Julho foi especial. Sobre o Congresso, sobre a nossa mis

Lipohipertrofia: muito além da estética!

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Já ouviu falar em lipohipertrofia (LH) ou lipodistrofia? Nomes esquisitos, não é? Mas para quem convive com a doçura, são mais comuns do que se imagina.  A lipohipertrofia é um acúmulo de gordura nos locais de aplicação da insulina. Isso acontece quando não é feito o devido revezamento dos locais. Eu costumo aplicar nas coxas, nos braços e - muito mais! - na barriga. E adivinhem o que aconteceu? Lá estão os meus 'gominhos' na pança, pela falta de revezamento adequado. - Mas se você sabe que precisa alternar os locais de aplicação, por que não fez? Porque no dia a dia, na correria, numa hiper, naquela corrigida rápida antes de começar a sessão do cinema... a praticidade acaba falando mais alto, aplico na barriga mesmo e sempre penso que "é só dessa vez, na próxima eu aplico no braço". No verão e em dias mais quentes, aplico na perna sem qualquer problema. O uso de vestidos, shorts ou saias ajuda bastante. A mesma coisa para os braços, afinal as camisetas sem ma

A comprovação da Tresiba...

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Uso a Tresiba desde julho de 2016 . Simpatizei com ela de cara, pelo fato de ser uma dose única a cada 24 horas. Afinal, não é porque eu digo que as injeções não me incomodam que eu vou querer aplicar a todo momento, certo? Como toda mudança de tratamento, fiquei desconfiada no início. 2 anos usando a NPH (Novolin), que eu aplicava três vezes ao dia, depois outros 5 usando a Levemir, com uma dose a cada 12 horas. Então, eu sabia que levaria um tempo até acreditar mesmo que a Tresiba duraria pelas 24 horas seguintes... Na verdade, essa era uma dúvida que eu tinha desde que ouvi falar da tal insulina de longa ação pela primeira vez. Já em 2014, quando anuncie a grande novidade da época , questionava se a ação prolongada seria um problema: " se porventura antes das 42 horas a glicemia sofrer alteração e for necessária alguma correção, como a Tresiba ainda estará no organismo, poderia haver um 'acúmulo' de insulinas e, consequentemente, causar uma hipoglicemia? ". Po

A diferença que traz dúvida...

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Desde que comecei a usar o Libre a questão da diferença entre os resultados da ponta de dedo (glicemia capilar) e os do sensor (glicemia intersticial) me chamou atenção.  Entendo que os resultados não sejam os mesmos e sei o porque desta diferença.  Mas, recentemente, tive acesso a um vídeo explicativo da Medtronic - que também tem um sensor de monitorização constante - e ficou mais fácil entender porque os números do sensor e do dedinho são diferentes.  São só 2 minutos e 46 segundos (para acessar, é só clicar aqui ). Uma analogia à carrinhos de uma montanha-russa e tudo simplifica! Como o vídeo está em inglês, fiz uma tradução livre: " Pensem na glicemia capilar (blood glucose - BG) e na glicemia intersticial (sensor glucose - SG) como os carrinhos de uma montanha-russa. Imaginem que as subidas e descidas desta montanha-russa sejam como as variações da sua glicemia num dia típico. No 1º carrinho está a glicemia capilar (BG); o último carrinho é a glicemia intersticial (SG