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De lá para cá, 15 anos!!!

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Me lembro que lá no início do meu diagnóstico eu ainda achava que aquilo tudo - as agulhas, as várias injeções ao dia, os muitos furos nos dedos - ia passar. Na minha falta de conhecimento sobre a doença autoimune que tinha chegado no susto, a minha dedicação ao tratamento me levava a acreditar que ‘só’ isso seria o suficiente para fazer o tal do diabetes tipo 1 ir embora do mesmo jeito que tinha chegado.  Logo eu aprendi que não seria bem assim… E aí, logo também já decidi que eu não ia me render àquele tal. Puxei todo o ar que podia e mergulhei de cabeça no mundo da condição que tinha se tornado minha companheira sem mesmo ter sido convidada. Muita informação! (da boa e da ruim, vale dizer) Muita leitura, muita pergunta, muitas respostas que ainda nem estavam lá. Muita pesquisa, muita vontade de me colocar à disposição pra tudo que fosse me ajudar nessa missão de conviver com a doçura do diabetes. Cheguei a marcar uma consulta com o Dr. Júlio Voltarelli , que hoje não está mais ness

Minha base nos cuidados e na educação em diabetes!

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Eu sempre digo que a minha adesão ao tratamento se deve muito à forma com que a minha endocrinologista me acolheu no dia do meu diagnóstico. Nas duas longas horas de consulta que terminou com a confirmação do meu diabetes tipo 1, ela - antes mesmo de me explicar sobre o tratamento - procurou saber da minha rotina, do meu trabalho, das minhas atividades para além do corporativo.  - Ah, mas todo médico deve ser assim. Sem dúvida, mas sabemos que muitos médicos não são e não agem desta forma.  No calor da emoção e do medo pelo - até então - desconhecido, conseguiu me passar calma e tranquilidade para lidar com aquela novidade que tinha chegado no susto. Me lembro de pouca coisa daquela consulta entre tantas explicações de insulinas e canetas e agulhas e furos no dedo e contagem de carboidratos e fator de sensibilidade... mas nunca esqueci dela me dizendo que, de forma simples e prática, insulina é um hormônio e que, como eu não produzia mais, precisaria repor.  Claro que não é só isso. A

A saga do sensor que se vai...

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Eu uso o FreeStyle Libre desde 2016.  Tive uma resistência logo que foi lançado, principalmente por causa do preço. Mas quando coloquei na ponta do lápis, considerando principalmente quantos monitoramentos eu poderia fazer ao longo do dia, o custo-benefício passou a ser muito maior comparando com as pontas de dedo.  Enfim, me rendi , comprei os sensores e segui.  Só que, de uns dois anos para cá, tenho percebido uma qualidade bem inferior no produto.  Tive algumas ocorrências com falha de leitura e estabilidade no funcionamento e em todas as vezes recorri ao suporte da Abbott.  Pois na última semana tive um problema com dois sensores, um depois do outro, sem intervalo. Não é possível que um produto que agora custa R$299,90 (para 14 dias de uso) esteja ficando pior. Quanto maior o preço, menor a qualidade?? Vamos aos fatos:  No sábado à noite, enquanto eu me arrumava para um casamento, meu sensor soltou.  Estava no braço esquerdo, aplicado direitinho como orienta o fabricante. Não bati

Status: mantendo uma certa distância da farinha...

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Sabe aquelas clássicas perguntas que todas as pessoas com diabetes escutam inúmeras vezes sobre "o que você pode comer?" e "o que interfere na sua glicemia?"?  Ouso dizer que para as duas perguntas a resposta é a mesma: tudo.  Desde que eu saiba como funciona a contagem de carboidratos e use a insulina para isso com a devida orientação médica, eu posso comer tudo (viva a educação em diabetes!). E, sobre o que interfere na nossa glicemia, não tem resposta diferente dessa: tudo!!   Um remédio, um estresse, a falta de atividade física, insulina demais ou de menos, cansaço, sono, gordura, açúcar e por aí vai.  O fato é que com o tempo de diagnóstico, além de seguir aprendendo sobre a condição, eu vou me conhecendo mais e entendendo melhor sobre os efeitos da alimentação, dos exercícios, de uma gripe, do excesso de trabalho e de tantas outras coisas no meu corpo e no meu controle glicêmico.  Há pouco tempo, logo após o carnaval, eu positivei para covid-19 (que saco isso

Feita de insulina... e purpurina!

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Dizem por aí que o Carnaval acabou...  No fundo, acho que nunca acaba!  A purpurina segue brilhando pela casa, pelo corpo, pelas fantasias mesmo depois de lavadas.  A memória do que foi, mais uma vez, vivido, também permanece por um tanto de tempo. Esse eu acho que não sei nem medir.  Do mesmo jeito, o Carnaval para quem é mesmo da folia começa bem antes.  Na ideia pulando da cabeça para o armário e para a busca de tecidos e acessórios que vão montar a personagem da vez.  Nos ensaios que já vão dando o gostinho do que será a temporada de batucada. No planejamento da lista de mercado e dos insumos da doçura, para manter o corpo saciado e a glicemia bem cuidada.  Por aqui, Carnaval é sempre uma potência, uma inteireza! Muito brilho, muita diversão, muito riso, muito batuque, muita gente.  E eu adoro.  Adoro a invenção das fantasias em grupo, adoro poder sentir esses dias de Momo com toda a intensidade que é devida.  Viver bem o Carnaval.  Viver só o Carnaval.  - E o diabetes?  O diabetes

Das emoções do primeiro mês do ano...

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Um monte de gente por aí comentando que janeiro não acaba, que hoje é dia infinito de janeiro...  Eu, sinceramente, não tenho essa percepção.  Janeiro é um mês alegre por aqui. Celebrar a nova idade me traz uma felicidade enorme.  Agradecer por tudo que chega cheio de luz e amor, agradecer pela minha saúde, agradecer por ter discernimento para lidar com as curvas desse caminho diabético... Comemorar! E esse ano ainda foi num axé grandão dentro do meu bloco com meu amor e nossos amigos. Com homenagem, música pra lembrar que o tempo é rei, um monte de beijo, de abraço, bolo de morango (sem ser diet sim!). Almoço com a família, mensagens e ligações e registros tão especiais! Uau!! Um privilégio chegar aos 46 assim. [podem dizer que eu pareço ter bem menos!!!! :)] Além de toda essa emoção, janeiro vem com os novos dias do novo ano, com os sinais do carnaval já passando pela casa e pela rua... Eu adoro! Mas meu janeiro foi intenso também. Depois da virose que apareceu logo no início do mês

Sai pra lá, inferno astral!

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Dizem por aí que nos trinta dias que antecedem o aniversário, tem um período de inferno astral.  Eu não costumo dar muita ideia para isso não, mas esse ano vou combinar aqui que, seja lá como for, o meu já tá selado, registrado, carimbado, avaliado...  Na última semana fiquei derrubada por uma virose que me pegou de jeito.  Dor no corpo, uma moleza sem fim e muita febre!  No domingo eu estava bem, feliz voltando de uma viagem deliciosa em Búzios com a família feita por amigos de infância. Segunda à tarde a minha temperatura já estava alterada, avisando que algo estava estranho. Dali para frente foi um dia depois do outro de febre.  Glicemia normal (só começou a subir bastante com os remédios).  Cheguei a ir para o hospital e fizeram vários exames na emergência: sangue, cutucada no nariz, raio x de tórax e face. Uma observação importante: no atendimento fui perguntada sobre alergias, mas em momento algum me questionaram sobre outra condição de saúde. Nem quando falei do diabetes mediram