Minha base nos cuidados e na educação em diabetes!

Eu sempre digo que a minha adesão ao tratamento se deve muito à forma com que a minha endocrinologista me acolheu no dia do meu diagnóstico. Nas duas longas horas de consulta que terminou com a confirmação do meu diabetes tipo 1, ela - antes mesmo de me explicar sobre o tratamento - procurou saber da minha rotina, do meu trabalho, das minhas atividades para além do corporativo. 

- Ah, mas todo médico deve ser assim.
Sem dúvida, mas sabemos que muitos médicos não são e não agem desta forma. 

No calor da emoção e do medo pelo - até então - desconhecido, conseguiu me passar calma e tranquilidade para lidar com aquela novidade que tinha chegado no susto.

Me lembro de pouca coisa daquela consulta entre tantas explicações de insulinas e canetas e agulhas e furos no dedo e contagem de carboidratos e fator de sensibilidade... mas nunca esqueci dela me dizendo que, de forma simples e prática, insulina é um hormônio e que, como eu não produzia mais, precisaria repor. 

Claro que não é só isso. A atenção e o tratamento requeridos todo dia, toda hora, vão muito além.
Mas na base, é uma falha hormonal sim... e isso foi o suficiente para tirar das minhas costas o peso e o pavor da 'gravidade' da situação que eu estava considerando. 

A Monique é a grande responsável pela minha educação em diabetes. Sempre me respondeu a todas as dúvidas. Mais: sempre me estimulou a perguntar! 
E agora, às vésperas de debutar nessa vida diabética, mais uma vez eu agradeço à essa minha Super Endócrino que segue do meu lado, de mãos dadas, cuidando, orientando, me desafiando e até puxando a minha orelha quando é preciso. 

Não me canso de dizer que ela é parte fundamental da minha adesão ao tratamento e da minha confiança em seguir com tudo que é preciso a cada medida de glicemia registrada (mesmo quando os números mostrados não são aqueles esperados!).

Muito, muito obrigada por me guiar nesse caminho diabético.

São 15 anos juntas. 

15 anos conversando, evoluindo, ouvindo!!
Nossas consultas vão da revisão dos exames à terapia. Das atualizações do mundo diabético à fofoca. Das discussões sobre falta de acesso à insumos e informação às invenções absurdas das redes sociais prometendo a cura para essa condição crônica ainda tão mitificada.

Hoje foi dia de dar mais um 'check' na saúde. 
E entre uma olhadinha e outra na minha ficha, o registro da glicemia e da hemoglobina glicada do diagnóstico:

Em comparação, a glicada atual:

Exatamente a metade!!!
Um avanço em cima de muita paciência, muita insulina, muito autocuidado.

Até aqui, sem qualquer complicação. 
Até aqui, sem um caso de cetoacidose.
Até aqui, com a segurança de ter uma médica que eu sei que está comigo a qualquer tempo, qualquer momento, em qualquer situação. 

Quando alguém me pede indicação de uma endócrino, eu nem penso em outro nome. 
E a minha recomendação vai com uma observação bem importante: - antes de ver a doença, ela enxerga a pessoa. 

Quem dera todos os profissionais de saúde fossem assim...

De novo, obrigada, Monique, pela parceria e por tudo que você tem feito por mim nesses 15 anos!


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