Crônicas da Menopausa -- Mudei de fase!

Aquele calor chegando, o corpo fervendo... assim, de repente, do nada. No meio do dia. Ou da madrugada!

Uma variação na glicemia que me fez até pensar, por algumas vezes, que a insulina que estava em uso tinha estragado. 

Eu refazia mentalmente o fluxo [contagem de carboidratos - aplicação de insulina - refeição] para tentar buscar alguma resposta de algo errado nesse caminho.

Sem contar a variação de humor que andava bem crítica... era quase uma TPM por dia!

Faz exames daqui, investiga dali... espera.

Mais exames... aguarda outro tanto.

Novos exames... bingo!!

Praticamente um ano depois, o tal do climatério suspeito se confirmava como menopausa e era a clareza que eu esperava para, enfim, entender o que estava acontecendo. 

Nessa fase de climatério / menopausa, a acompanhante que chega junto acaba trazendo um impacto grande para quem convive com o diabetes: a resistência à insulina.

O envolvimento da minha ginecologista e da minha endocrinologista foi, desde os primeiros resultas suspeitos, fundamental.

Depois de muito monitoramento glicêmico e das taxas hormonais, começamos com os ajuste nas doses diárias de insulina e, há duas semanas, iniciamos de fato o tratamento para reposição hormonal.   

Como eu já precisaria trocar o meu DIU esse ano (usava o de cobre), optamos por começar substituindo por um com uma dose de progesterona. 

Pelos próximos meses, vamos seguir avaliando como tudo se comporta para definir se será preciso complementar com medicamento oral.

Posso dizer que com uma adequação da alimentação - por escolha própria, como contei recentemente - e o início da terapia hormonal, tenho percebido já um certo alívio nos episódios de calor e até uma melhora naquela ansiedade dos ciclos menstruais mensais que deixa a vontade de comer o tempo todo gritando.

Agora é ter paciência e seguir fazendo o que está nas minhas mãos: cuidar da minha glicemia e de mim. 

Para saber mais sobre os sintomas, sobre como lidar com a menopausa, entender sobre a relação direta dessa alteração hormonal com o diabetes e também sobre como buscar o tratamento adequado, dá uma olhada nas informações que a Proxima divulgou. 

Menopausa não é um bicho de sete cabeças.

Não tem que ser.

Mas assim como o diabetes, precisa de atenção, entendimento e (auto)cuidado, tudo isso com o devido acompanhamento médico.

Não é nada do que temos que nos envergonhar.

Ah, e fiquem sempre atentas aos sinais que o nosso corpo dá.

Essa sempre vai ser a maior e mais importante ferramenta para estarmos bem!