Pra ser responsável!

Voltando ao tema de ontem e colocando de novo o paciente como ponto principal do assunto, levanto a bandeira de um envolvimento maior de quem, diariamente, é o responsável por tomar as decisões, por escolher o que colocar no prato, por avaliar qual a dose de insulina de ação rápida precisa (e se precisa), por decidir como se exercitar, por querer seguir em frente 'de bem' com o diabetes.

O paciente, que precisa pensar e definir tudo isso, tem que acreditar que ele pode.

comentei sobre isso com a minha Endócrino na época do Congresso Mundial, já conversei com amigos - da área de saúde ou não, já coloquei esta posição para a família e sou mesmo a maior defensora dessa tese.

Vejo na prática (comigo!) como faz diferença e influencia de maneira positiva todos os dias.

Conviver com a condição demanda que haja sim uma mudança. Se não se alimentava bem, precisa se ajustar. Se comia muitos doces, se adequar. Se não fazia exercícios, começar. O foco deve ser no que se quer conquistar, acima de tudo: melhor condição de saúde, melhores níveis de glicose, mais energia, corpo mais definido, entrar numa roupa que não cabia mais... seja o que for, determine uma meta e vá atrás.

Juro que hoje, com um pouco mais de conhecimento e levando o diabetes de uma maneira leve e sob controle, minhas metas são colocar a atividade física na minha rotina diária e - ainda!! - baixar a minha hemoglobina glicada!

Defina um prazo para voltar às metas estabelecidas e avaliar os resultados. Isto certamente vai ajudar no processo de tomar as rédeas da situação.
O nosso próprio exemplo deve ser nossa maior fonte de aprendizado e nosso maior motivador.

Como destaca a Aliança Internacional de Pacientes (International Alliance of Patients' Organization - vou falar sobre eles em post específico...), com base em diálogo e parceria entre os pacientes e os médicos o paciente se sente mais motivado. Este é o passo inicial para o processo de 'empowerment', que em tradução livre significa dar poder ao paciente.

Ainda de acordo com a Aliança, para que este processo aconteça é necessária uma mudança na maneira como os pacientes são atendidos. O atendimento deve passar a ser centrado no paciente, de modo que ele seja informado e envolvido em todas as fases do tratamento. A partir daí, as decisões acerca do tratamento passam a ser tomadas em conjunto pelo médico e pelo paciente e o paciente representa um papel importante: o de relatar os avanços do seu tratamento para o correto acompanhamento do especialista.

O mais importante desta nova maneira de lidar com o paciente é que ele passa a ter o entendimento pleno da sua condição de saúde e a ter um maior comprometimento nos seus cuidados diários!
Dê o primeiro passo: pergunte, tire dúvidas, tenha interesse e questione sobre o seu tratamento!

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