Crônicas da Menopausa -- Em obra!
E a menopausa, como vai?
Pois bem, ela vai... vai me enlouquecendo um tantinho ainda, vai caminhando entre variações de humor e de paciência (ou da falta dela), vai me cobrando um empenho - que, até aqui, não é como deveria ser - na musculação, vai me fazendo enxergar que eu mudei e que agora eu sou essa nova Juliana. E que está tudo bem com isso!
A adolescência do meu diabetes (que já debutou e se aproxima dos 17 anos) traz desafios que, posso afirmar, eu não estava preparada.
Se por um lado eu tenho mais conhecimento sobre a condição, me aprofundei e me dediquei à educação em diabetes, tenho mais clareza sobre a importância da monitorização frequente da glicemia, por outro eu realmente não estava esperando que outras coisas poderiam 'surgir' tão cedo por causa desse tempo todo de diagnóstico.
Uma resistência maior à insulina - que é característica da própria menopausa, o incômodo que me fez parar de consumir glúten, uma investigação em andamento (alô, Sherlock Homes!) para descobrir porque minha prolactina anda tão alta (e não, não tem neném na pança pelamor da deusa, sai de mim Cláudia Raia!!)...
Enfim, as engrenagens do meu copo andam se desencaixando e isso está sendo bem cansativo.
Mas, um dia de cada vez e eu continuo fazendo a minha parte.
Minhas consultas com endócrino e ginecologista estão em dia, meus exames também, sigo com minha terapia hormonal e no, meio disso tudo, com a vida acontecendo.
Minhas consultas com endócrino e ginecologista estão em dia, meus exames também, sigo com minha terapia hormonal e no, meio disso tudo, com a vida acontecendo.
Porque sempre tem trabalho a entregar, roupa por lavar, lista de mercado para resolver, comida para fazer…
O que eu me permito - e vale dizer que é uma coisa que sempre tentei fazer, mas que a maturidade me dá ainda mais segurança para executar - é escolher o que é mais importante para hoje, para amanhã, para a semana que vai entrar.
Se não deu para garantir a despensa cheia e a geladeira atualizada, pedir um jantarzinho não vai ser o fim do mundo.
Se eu não consegui nem ler todos os e-mails na minha caixa de entrada porque o dia foi tomado por entregas necessárias, eu deixo pra fazer no dia seguinte e troco o computador pelo meu livro.
Se eu preferi dormir mais 5 minutinho e peguei trânsito no caminho do escritório, entro na reunião das 09h pelo celular mesmo.
O fato é que, assim como numa casa, a gente sempre tem um ajuste, um conserto, uma obrinha pra fazer.
Na prática, isso se aplica pro diabetes, pra menopausa…
Me faço vale - mais uma vez - dos versos do meu amado Gonzaguinha para reforçar a importância de me deixar levar nessa constante obra no meu corpo-casa...
~ eu apenas queria dizer a todo mundo que me gosta
que hoje eu me gosto muito mais
porque me entendo muito mais também
e que a atitude de recomeçar é todo dia, toda hora
é se respeitar na sua força e fé
se olhar bem fundo até o dedão do pé ~
Nosso corpo é nossa casa.
Uma casa em obras, em melhorias, em mudança de decoração.
E é preciso cuidar e fazer manutenção periodicamente!
Sua vulnerabilidade é tão potente Ju! Amei o texto! Beijos Re 🤎
ResponderExcluirMinha sobrinha querida, como você é corajosa e como é difícil pra mim, ficar a par de tudo isso e não poder ajudar em nada! Só com minhas orações! Amo você e muito! Beijos ❤️ 💋 ❤️
ResponderExcluir