Libre 2 Plus: modo robô atualizado!

Em junho desse ano foi lançado no Brasil o Libre 2 Plus, o novo sensor da Abbott para monitoramento contínuo de glicemia.

Há pouco mais de dois anos, eu contei no Blog sobre o Libre 2 e o Libre 3
Naquela época, o Libre 3 atraiu a minha atenção pelo que prometia: não seria preciso o uso do leitor; as leituras de glicemia seriam enviadas diretamente para o aplicativo do Libre no celular; haveria a possibilidade de definir alarmes de glicose baixa e alta; e ele teria um tamanho menor.

O Libre 3 ainda não chegou por estas bandas, mas o Libre 2 Plus veio com quase tudo isso aí, a não ser pelo tamanho, que se manteve igual.

O novo sensor está à venda em farmácias de grandes redes por aí (mas, aqui no Rio pelo menos, ainda não está tão fácil encontrar...).
Depois de alguns dias de busca, conseguir na Droga Raia por R$ 329,90 a unidade.


Agora, depois dos primeiros 15 dias com o Libre 2 Plus, de cara já posso dizer que estou absolutamente acostumada à tranquilidade e ter um alarme me avisando sobre uma alteração de glicemia que precisa de uma ação minha. 
De verdade, é muito bom saber que estou sendo monitorada e que nem preciso pegar o leitor do sensor ou o celular para me medir. 

Aliás, um ponto de atenção: o Libre 2 Plus não precisa de leitor. A ativação do sensor e a leitura das glicemias é diretamente no aplicativo do celular (o Libre Link Up). Eu cheguei a buscar opções para compra do leitor (sei lá, vai que o celular descarrega ou trava... enfim, tecnologia né!), mas não existe essa opção.
 
Outra mudança é que ganhamos mais um dia de sensor trabalhando: em vez de 14 dias, o Libre 2 Plus fica ativo por 15. 

No geral, a experiência, até aqui, foi bem positiva!


Defini meus alarmes para o mesmo limite de glicemias que a minha endócrino estabeleceu para o meu alvo glicêmico (70mg/dL à 140mg/dL) e comecei a usar.


Uma pausa rápida aqui: se você deixar o telefone no modo 'não perturbar', os alarmes serão suspensos enquanto o telefone não for reativado:


Ao longo desses 15 dias, me peguei ansiosa porque o alarme não tocava, me peguei abrindo o aplicativo várias vezes em um intervalo de poucos minutos para checar se estava mesmo medindo alguma coisa, levei susto com o alarme no meio da madrugada, me cansei do alarme apitando enquanto a glicemia não abaixava e percebi que o celular perde a conexão com o sensor com mais frequência do que eu esperava.


Aliás, mais um ponto de atenção é que o limite de distância entre a pessoa que está com o sensor e o celular que está com o aplicativo de monitoramento é de 6 metros. Esse é um aspecto que, na minha opinião, poderia melhorar.

Em relação ao compartilhamento de dados de glicemia com outras pessoas através do Libre Link View (tem mais detalhes sobre ele aqui), nada mudou. 
Os aparelhos conectados à conta do Libre Link Up seguem recebendo as glicemias medidas.

Ah, uma coisa legal com o novo sensor: o Rafa recebe os alertas sonoros também no Libre Link View cada vez que o alarme toca no meu telefone!!


Eu sei que a forma como está é um baita avanço, mas desconsiderando meu raso conhecimento sobre programação e desenvolvimento de aplicativos e considerando só a vontade da pessoa que está há 15 anos medindo a glicemia inúmeras vezes ao dia, eu realmente imaginei que esse alcance - tanto para quem está usando o sensor quanto para quem está acompanhando de longe as glicemias de alguém querido ou querida, pudesse ser maior. 

De qualquer forma, a verdade é que eu estava cheia de expectativa para usar e sentir na pele - e na doçura - todas essas vantagens e eu adorei. 
Ainda mais agora, com a menopausa e a terapia hormonal em andamento, me sinto bem confortável recebendo as leituras de glicemia a cada um minuto na palma da minha mão. 

Mas, vale lembrar que em caso de dúvidas sobre o valor de glicemia apresentado pelo sensor, a boa e velha ponta de dedo nos glicosímetros deve ser feita para checar e tomar as decisões sobre insulina, ajustes e até alimentação de forma mais segura.

O uso do Libre 2 Plus é indicado pelo fabricante para crianças a partir de 2 anos de idade e a aplicação segue com a recomendação de ser feita somente na parte posterior dos braços. 

A única coisa que eu sigo sem entender (numa boa) é porque o aplicador continua sendo individual, por sensor. Se o sensor é padrão, por que não temos um aplicador único, que venha em um kit inicial, e seja reutilizável? 
A quantidade de lixo que isso gera é enorme!
Enfim, deixo a questão no ar para pensar...

Por fim, eu confesso: fico falando com o alerta de hipo e de hiper avisando que já corrigi - seja a baixa com uma coquinha gelada ou a alta com uma dose extra de insulina - enquanto o alarme não para de reclamar comigo!! 

Viva a tecnologia em saúde! 
Que sigamos com o interesse em deixar mais fácil a vida de quem precisa (se) cuidar a todo momento. 

Estou pronta para o segundo Libre Plus 2.
(E ainda dei a sorte de encontrar um unicórnio pouco antes do primeiro terminar...)



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