Crônicas do Isolamento — De encontro, amor e glicemia…
Aqui somos assim: vó, três filhas, duas netas.
Imaginem quando chegou a notícia que o bebê que ia chegar seria um menino?!
Já reinou em absoluto desde a barriga!
Ana e eu (as duas netas) somos muito unidas. Parceiras mesmo. Conectadas em todos os sentidos… e, em tempos pandêmicos, mais ainda pelo telefone e pelas redes.
Hooooras falando! Se deixar, a gente não para.
Lucca, filho dela, é meu afilhado. Meu pirralho!
Que quando, aos 3 anos, acompanhou meu diagnóstico, entendeu dentro do que era do alcance dele e me perguntava se eu já tinha “tomado insulina no bigo”.
Bigo, o umbigo, era referência à barriga.
Nunca escondi nada. Na verdade, nunca me escondi para nada relacionado ao meu tratamento do diabetes.
O diabetes, como já foi muitas vezes repetido desde que a pandemia chegou, nos coloca dentro do grupo de risco.
E por isso, nos afastamos. Cada uma no seu canto, por amor e proteção.
Agora, a vacina trouxe esperança e um alívio no peito!
E, com todos os cuidados, decidimos nos encontrar.
A razão? Celebrar os 15 anos do pirralho que arrebata o coração dessa mulherada.
No pacote, também o aniversário da minha Mamy.
São apenas dois dias entre os dois aniversários!
Um restaurante com espaço aberto e distanciamento garantido (obrigada, Villa Rio, vocês foram incríveis!).
Quando o pirralho chegou, aquele abraço “meio de lado, já saindo, indo embora”… como deve ser.
Amor e proteção!
E uma baita emoção.
Durante todo esse tempo me seguro em casa porque posso. Agradeço por isso! Trabalho de forma remota e não preciso estar por aí, circulando.
Raras são as vezes em que saí desde que o vírus chegou.
Teve presente, teve muita conversa, teve muito riso, teve bolo e teve a felicidade enorme de podermos estar juntos, com saúde e celebrando a nossa família.
Só posso agradecer!
E, para quando me perguntam o que interfere na glicemia, deixo a resposta desenhando:
Tudo, absolutamente tudo!
Fiz a contagem de carboidratos, apliquei a insulina: 161mg/dL depois do risoto, 171mg/dL depois do bolo.
São coisas que não tenho o hábito de comer no dia a dia e que, por isso, não tenho muita prática na correção.
Sinceramente, nesse caso considero bons resultados de glicemia!!
E ainda fui brindada com esse 100mg/dL à noite… (seja sempre bem vindo, unicórnio!)
É isso, de um dia em que nos permitimos celebrar e, por alguns instantes, pudemos de novo respirar a esperança, taí o resultado.
Sim, tudo interfere nessa doçura trazida pelo diabetes!
O registro depois de tantos meses afastados representa tanto! Impossível descrever o sentimento e o calor no coração…
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