Crônicas do Isolamento -- Vacina sim!
Quarentena, dia 429.
Enquanto outro países começam a liberar do uso de máscaras em locais abertos para aqueles que já tomaram as duas doses da vacina, no Brasil a luta ainda é em garantir vacina suficiente para a proteção dos seus.
Nem quando chega a boa nova sobre a existência de algumas vacinas, o povo brasileiro consegue comemorar como deveria...
A política de quem não se preocupa com o cidadão mata.
E é contra ela que devemos brigar todos os dias.
Combater esta política sórdida, ainda que com as mínimas e mais simples atitudes.
Dezoito de maio de dois mil e vinte e um: data em que finalmente chegou a minha vez de receber a primeira dose da vacina contra o COVID-19.
Em um protesto silencioso, meu coração já estava batendo forte e o olho marejado trazia só o começo do choro despejado que se seguiu.
Não consigo explicar o alívio que senti. Uma pontinha de esperança que reaparece, sabe?
É um misto de "eu sei que ainda precisa de máscara e álcool e cuidados" com "me abraça, me beija, me chama de meu amor".
Uma vontade de sair por aí abraçando, de abrir a porta da casinha e deixar todo mundo entrar e se embolar pelo chão da sala e ficar por aqui até o dia raiar.
Uma vontade de ir para a rua e ser carnaval mesmo antes de fevereiro chegar.
Quero estar junto, quero ver os sorrisos para além dos olhos.
Acreditem na ciência.
Acreditem no Sistema Único de Saúde, o maior sistema de saúde pública do mundo e que permite que a população seja assistida.
Vacina sim!
A vacina é a nossa mais potente ferramenta.
Meu agradecimento e reconhecimento a todos que estão neste combate diariamente desde que foi declarada essa pandemia que vem atropelando a gente há mais de um ano.
Hoje, principalmente, meu reconhecimento e agradecimento à equipe do Museu da República, onde me vacinei, e à Roberta, enfermeira que me atendeu e foi, além de delicada, muito atenciosa me explicando cada etapa até que a agulha entrasse no meu braço.
Hoje, principalmente, meu reconhecimento e agradecimento à equipe do Museu da República, onde me vacinei, e à Roberta, enfermeira que me atendeu e foi, além de delicada, muito atenciosa me explicando cada etapa até que a agulha entrasse no meu braço.
Até que todos tenham acesso, não acabou.
Até que todos sejam imunizados, não acabou.
Direitos não são privilégios.
É sobre isso. É sobre lembrar disso todos os dias!
Comentários
Postar um comentário