A vida nas prateleiras...
Não é de hoje que o preço dos insumos e insulinas vem aumentando.
Cada vez que preciso renovar meu estoque, faço uma pesquisa por quatro ou cinco farmácias. A variação pode chegar a 30% do valor...
Isso faz muita diferença!
Além disso, fico de olho nas promoções, seja online ou nas lojas físicas. E se encontro uma lanceta ou as agulhas, por exemplo, com preço melhores, já aproveito para comprar em maior quantidade.
Esse hábito acabou gerando um outro: toda vez que eu viajo, seja no Brasil ou para outro país, aproveito para 'passear' por farmácias e ver o que tem disponível e quais os preços praticados.
Aqui em terras tupiniquins, por exemplo, já vi capital de estado não ter insulina disponível. Para comprar, seria necessário esperar alguns dias, até que o farmacêutico encomendasse de Brasília. Em compensação, também já pude conhecer histórias de acesso a Bomba e Sensor numa cidadezinha de interior no Nordeste.
Por que então a diferença? Na minha opinião, aqui entra o compromisso dos governantes locais em fazer política pública de verdade.
Fora do Brasil eu confesso que apesar dos atrativos em termos de produto especializados e alta disponibilidade nas prateleiras das farmácias, o custo para manter o tratamento me chocou!
Uma caneta de Tresiba pode chegar ao equivalente a R$ 400 / R$ 500 nos Estados Unidos. Uma caixa de 50 tiras teste, pode custar até três vezes mais do que o que pago aqui.
Há pouco tempo comentei sobre um problema que tem sido cada vez mais recorrente por lá: racionamento de insulina, para poupar e fazer render mais. O resultado? O pior possível: jovens estão morrendo.
Enquanto o namorado viaja pelas Filipinas, ele aproveitou para fazer essa incursão em farmácias por lá. Algumas constatações: insulinas (NovoMix e NovoRapid) custam o dobro do preço médio que eu tenho visto pelo Rio de Janeiro; sensor (Libre) não encontrou; Glicosímetros (OneTouch Select Simple e FreeStyle Optium Neo) custam 3 e 4 vezes mais do que é cobrado aqui.
Sem entrar no mérito de custos com impostos, importação, demanda, logística de transporte, etc., me assusta só pensar na possibilidade não conseguir manter meu tratamento pela inviabilidade financeira.
E, no fundo, sei que essa é a realidade de muitas pessoas nesse Brasil de dimensões continentais.
O SUS vem sendo alvo de críticas e maus exemplos, em função da falta de médicos, remédios, vagas para exames e dificuldade de acesso a tratamentos, o foco deveria ser outro.
O sistema de saúde pública que nós temos tem dentro dos protocolos tratamentos, medicamentos e processos que visam cuidar e salvar vidas. O que falta é gestão adequada de recursos, é responsabilidade de quem está no comando.
Precisamos cuidar do que é nosso! Precisamos exigir que se cumpra o que é de direito.
No dia 11 de janeiro de 1922 a insulina - recém descoberta como tratamento - foi ministrada pela primeira vez em um paciente. Um processo arriscado pela falta absoluta de conhecimento dos efeitos reais que aquilo poderia causar. Vida ou morte?! Salvação??
Salvou! Salvou Leonard Thompson, salvou Elizabeth Hughes e desde então salva milhões de pessoas todos os dias.
Que a história que vem sendo contada há tanto tempo e com tantos casos de sucesso não pode ser interrompida pela falta de acesso à insulina e aos tratamentos tão vitais.
Cada vez que preciso renovar meu estoque, faço uma pesquisa por quatro ou cinco farmácias. A variação pode chegar a 30% do valor...
Isso faz muita diferença!
Além disso, fico de olho nas promoções, seja online ou nas lojas físicas. E se encontro uma lanceta ou as agulhas, por exemplo, com preço melhores, já aproveito para comprar em maior quantidade.
Esse hábito acabou gerando um outro: toda vez que eu viajo, seja no Brasil ou para outro país, aproveito para 'passear' por farmácias e ver o que tem disponível e quais os preços praticados.
Aqui em terras tupiniquins, por exemplo, já vi capital de estado não ter insulina disponível. Para comprar, seria necessário esperar alguns dias, até que o farmacêutico encomendasse de Brasília. Em compensação, também já pude conhecer histórias de acesso a Bomba e Sensor numa cidadezinha de interior no Nordeste.
Por que então a diferença? Na minha opinião, aqui entra o compromisso dos governantes locais em fazer política pública de verdade.
Fora do Brasil eu confesso que apesar dos atrativos em termos de produto especializados e alta disponibilidade nas prateleiras das farmácias, o custo para manter o tratamento me chocou!
Uma caneta de Tresiba pode chegar ao equivalente a R$ 400 / R$ 500 nos Estados Unidos. Uma caixa de 50 tiras teste, pode custar até três vezes mais do que o que pago aqui.
Há pouco tempo comentei sobre um problema que tem sido cada vez mais recorrente por lá: racionamento de insulina, para poupar e fazer render mais. O resultado? O pior possível: jovens estão morrendo.
Enquanto o namorado viaja pelas Filipinas, ele aproveitou para fazer essa incursão em farmácias por lá. Algumas constatações: insulinas (NovoMix e NovoRapid) custam o dobro do preço médio que eu tenho visto pelo Rio de Janeiro; sensor (Libre) não encontrou; Glicosímetros (OneTouch Select Simple e FreeStyle Optium Neo) custam 3 e 4 vezes mais do que é cobrado aqui.
E, no fundo, sei que essa é a realidade de muitas pessoas nesse Brasil de dimensões continentais.
O SUS vem sendo alvo de críticas e maus exemplos, em função da falta de médicos, remédios, vagas para exames e dificuldade de acesso a tratamentos, o foco deveria ser outro.
O sistema de saúde pública que nós temos tem dentro dos protocolos tratamentos, medicamentos e processos que visam cuidar e salvar vidas. O que falta é gestão adequada de recursos, é responsabilidade de quem está no comando.
Precisamos cuidar do que é nosso! Precisamos exigir que se cumpra o que é de direito.
Salvou! Salvou Leonard Thompson, salvou Elizabeth Hughes e desde então salva milhões de pessoas todos os dias.
Que a história que vem sendo contada há tanto tempo e com tantos casos de sucesso não pode ser interrompida pela falta de acesso à insulina e aos tratamentos tão vitais.
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