Diabético por tabela?? Diabético por amor...
Recentemente estava no Chá de Bebê de uma amiga e, em algum momento, uma senhora me parou e pediu para prestar atenção ao que o marido dela me mostrava. Quando olhei, ele estava apontando para o braço para me mostrar que também estava usando um Libre. Ele tinha visto o meu e isso foi a deixa... Perguntou se eu estava bem, voltou para o papo com os amigos e a mulher dele puxou a conversa comigo.
Ele tem diabetes tipo 2 e há algum tempo já faz o uso de insulina. Ela não...
Mas é ela quem 'faz' o tratamento dele.
Num desabafo, ela me contou que geralmente ia a todas as consultas com ele, entrava na sala dos médicos, apresentava o histórico de glicemias e doses de insulina e ele mal comentava. Uma situação em que ela estava no papel principal - sendo a paciente - e ele como um mero coadjuvante.
A questão é que para o bom controle do diabetes, não bastam insulinas e glicosímetros. É preciso assumir a sua própria condição, tomar à frente, focar no autocuidado!
Eles chegaram a ter problemas com um médico. Chegaram para uma consulta, mal foram ouvidos, os exames ficaram de lado sem qualquer análise... Decidiram buscar outro especialista.
Foi o momento em que tudo começou a mudar para eles.
Enquanto esperavam, ela repassava mentalmente tudo que precisaria ser dito e apresentado para a nova médica. E aí, uma surpresa: quando a médica abriu a porta do consultório e chamou pelo paciente, disse que ele deveria entrar sozinho, sem acompanhante.
Assim foi feito.
Não era o caso de um paciente que precisa da ajuda integral de um terceiro ou mesmo de uma pessoa que não tem entendimento nem discernimento do que precisa fazer.
Ele sabe aplicar a insulina, ele sabe medir a glciemia. Mas acabou se acomodando porque ela, por preocupação, assumiu a frente.
Ao final da consulta, ela foi chamada.
Estava tudo bem e, a partir dali, havia uma nova visão dos dias de doçura para aquela família.
A posição da médica tinha uma explicação: ele é o responsável, ele é o paciente. Enquanto ela assumir a condição dele, não vai haver iniciativa para o cuidado efetivo.
Eu tenho certeza que esse caso não é único.
Por amor, a tendência de quem está perto pode ser essa de assumir para garantir que nada dê errado.
Não critico jamais. Mas precisamos dosar a interferência para não travar as pessoas com diabetes. Quanto mais sabemos e entendemos sobre a condição mais liberdade e qualidade de vida teremos em troca.
A educação em diabetes aliada ao conhecimento leva à aceitação.
O apoio familiar é fundamental, eu sei e comprovo!
Emponderar, aprender, se envolver, ter empatia e cumplicidade nos ajudam sempre, diariamente. Só não pode ocorrer uma inversão de papéis, porque quando há a tendência de alguém assumir a nossa condição, isso pode gerar um efeito grande e complicado: a insegurança.
- Ah, mas e o casal? Eles se adaptaram à esta nova forma de rotina com a atenção ao diabetes?
Sim!!
Hoje em dia, ele já compra as insulinas que usa. Antes, não sabia nem o nome...
Ela está confiante e percebe que atualmente ele se preocupa mais com o controle.
No mais, ela segue se aproveitando dos benefícios da tecnologia e checando a glicemia dele, vez ou outra, com a facilidade do sensor. Um carinho que não interfere no 'protagonismo' dele e que faz um bem danado.
Ele tem diabetes tipo 2 e há algum tempo já faz o uso de insulina. Ela não...
Mas é ela quem 'faz' o tratamento dele.
Num desabafo, ela me contou que geralmente ia a todas as consultas com ele, entrava na sala dos médicos, apresentava o histórico de glicemias e doses de insulina e ele mal comentava. Uma situação em que ela estava no papel principal - sendo a paciente - e ele como um mero coadjuvante.
A questão é que para o bom controle do diabetes, não bastam insulinas e glicosímetros. É preciso assumir a sua própria condição, tomar à frente, focar no autocuidado!
Eles chegaram a ter problemas com um médico. Chegaram para uma consulta, mal foram ouvidos, os exames ficaram de lado sem qualquer análise... Decidiram buscar outro especialista.
Foi o momento em que tudo começou a mudar para eles.
Enquanto esperavam, ela repassava mentalmente tudo que precisaria ser dito e apresentado para a nova médica. E aí, uma surpresa: quando a médica abriu a porta do consultório e chamou pelo paciente, disse que ele deveria entrar sozinho, sem acompanhante.
Assim foi feito.
Não era o caso de um paciente que precisa da ajuda integral de um terceiro ou mesmo de uma pessoa que não tem entendimento nem discernimento do que precisa fazer.
Ele sabe aplicar a insulina, ele sabe medir a glciemia. Mas acabou se acomodando porque ela, por preocupação, assumiu a frente.
Ao final da consulta, ela foi chamada.
Estava tudo bem e, a partir dali, havia uma nova visão dos dias de doçura para aquela família.
A posição da médica tinha uma explicação: ele é o responsável, ele é o paciente. Enquanto ela assumir a condição dele, não vai haver iniciativa para o cuidado efetivo.
Eu tenho certeza que esse caso não é único.
Por amor, a tendência de quem está perto pode ser essa de assumir para garantir que nada dê errado.
Não critico jamais. Mas precisamos dosar a interferência para não travar as pessoas com diabetes. Quanto mais sabemos e entendemos sobre a condição mais liberdade e qualidade de vida teremos em troca.
A educação em diabetes aliada ao conhecimento leva à aceitação.
O apoio familiar é fundamental, eu sei e comprovo!
Emponderar, aprender, se envolver, ter empatia e cumplicidade nos ajudam sempre, diariamente. Só não pode ocorrer uma inversão de papéis, porque quando há a tendência de alguém assumir a nossa condição, isso pode gerar um efeito grande e complicado: a insegurança.
- Ah, mas e o casal? Eles se adaptaram à esta nova forma de rotina com a atenção ao diabetes?
Sim!!
Hoje em dia, ele já compra as insulinas que usa. Antes, não sabia nem o nome...
Ela está confiante e percebe que atualmente ele se preocupa mais com o controle.
No mais, ela segue se aproveitando dos benefícios da tecnologia e checando a glicemia dele, vez ou outra, com a facilidade do sensor. Um carinho que não interfere no 'protagonismo' dele e que faz um bem danado.
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