"... bota aqui o seu pezinho... "
Uma das maiores atenções de quem tem diabetes, além da alimentação, é com os pés (se não é, deveria...).
Quem tem diabetes pode ter maior dificuldade de cicatrização e de circulação.
Assim, quando a taxa de glicose permanece alta ou sem controle por um longo tempo, um cortezinho no pé pode ser a porta de entrada para infecções e úlceras... Da mesma forma, a dificuldade de circulação de sangue para os membros inferiores pode causar uma trombose.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), estas são as maiores complicações causadas pela falta de controle do diabetes.
Mais: segundo o Ministério da Saúde, esta falta de controle leva a 70% das cirurgias para amputações de membros...
É um dado triste, mas que é real (se jogar no Google uma busca por 'pé diabético', as imagens que aparecem chocam! Não tive coragem de reproduzir aqui, mas para quem não se cuida e acha que os problemas não acontecem, pode ser uma medida extrema para fazer repensar as escolhas...).
O que fazer para evitar?
Se cuidar. Todo dia, toda hora!
O tratamento [medicação + alimentação + exercícios + acompanhamento de médicos especialistas] deve ser prioridade.
A SBEM lista as "10 coisas que você precisa saber sobre pé diabético":
1) Fique atento aos sintomas: formigamentos, perda de sensibilidade local, dores, queimação nos pés e pernas, sensação de agulhadas, dormência, fraqueza nas pernas.
2) Sintomas como problemas de diminuição de circulação arterial e de sensibilidade nas pés e nas pernas são mais frequentes com o diabetes mal controlado.
3) A prevenção é a maneira mais eficaz de evitar complicações; exame visual dos pés diariamente é fundamental.
4) Pacientes com diabetes, tipo 1 ou 2, devem passar regularmente por uma avaliação dos pés.
5) O exame dos pés pelos próprios pacientes deve ser feito em lugar iluminado. Deve ser verificada a existência de frieiras, cortes, calos, rachaduras, feridas ou alterações de cor.
6) É preciso manter os pés sempre limpos e preferir água morna, para evitar queimaduras. A pele deve estar hidratada, mas deve-se evitar passar creme entre os dedos e ao redor das unhas.
7) Recomenda-se o uso de meias de algodão ou lã - sintéticos devem ser evitados - e sem costura.
8) Antes de cortas as unhas, o paciente precisa lavá-las e secá-las bem. Para cortar, usar alicate ou tesoura de ponta arredondada. Não se deve tirar cutícula e o corte deve ser quadrado com as pontas levemente arredondadas.
9) Mesmo em piscinas e na praia, o ideal é que os pés estejam sempre protegidos.
10) Os calçados considerados ideais são fechados, macios, confortáveis e com solados rígidos. Recomenda-se evitar sapatos de ponta fina e saltos muito altos.
É claro que eu gosto dos meus saltos e uso de vez em quando.
Mas o cuidado com meus pezinhos é frequente.
Não faço as unhas do pé em salões convencionais, dei preferência a um especializado em tratamentos para os pés... e mesmo assim, aconteceu uma única vez de ter um corte mínimo (e a profissional sabe que tenho DM). Não acarretou em nada, ela me pediu desculpas e sei que isso pode acontecer.
Mas isto só reforça a teoria de que todo cuidado é pouco.
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