Um pouco de férias, um pouco de climatério e um tanto de doçura!

Não consegui fazer tudo que eu planejei, mas tudo que eu fiz nesse período de férias foi além das minhas expectativas!
Os efeitos do que eu vivi na FLIP (a Festa Literária Internacional de Paraty) ainda estão flutuando aqui pelo coração e pelos meus escritos. 
Encontros, trocas, livros - e a minha Rima circulando por lá. 
Como bem ouvi, a literatura infanto-juvenil considerada "fora do padrão" precisa alçar voos bem maiores para que a realidade seja refletida em absoluto. 
Mostrar o que é de verdade, para muito além do que querem que seja mostrado nesse tal padrão...

Para além da FLIP, mar, meu amor, preguiça em casa, aquela pesquisadinha básica de novos móveis pra compor a casinha, passeio pelo shopping para ver o que está rolando nesse clima de Natal, reinício dos ensaios do meu bloco querido... 

Cada dia tem sido aproveitado ao máximo.
Posso dizer, sem dúvidas, que me desliguei totalmente das demandas e das preocupações do trabalho. 

E, no finalzinho dos dias de descanso, a última consulta com a minha Super Endócrino.
Exames na mão, relatório do sensor também e muito papo para colocar na mesa todos os cuidados e sensações dessa fase climatérica tão confusa. 

O corpo pesa, incha. 
A cabeça parece inchar da mesma forma, buscando soluções mágicas para tudo que veio junto: o cansaço, a memória esquisita, a variação de humor a qualquer momento e a tal da resistência à insulina. 

Com os últimos ajustes feitos, o controle da glicemia melhorou um tanto.
Isso já é um alívio, confesso. Ver aquelas variações tão bruscas na doçura estava me deixando ainda mais irritada.

O fato é que agora, com mais exames em mãos [lembrando que os primeiros sinais do climatério apareceram em janeiro deste ano], já existe uma proposta de terapia hormonal que será devidamente discutida pela minha dupla querida de médicas no início de 2024: gineco e endócrino. 

- Ah, mas por quê vai esperar até o ano que vem?
Porque agora entro num fluxo de ensaios, shows, eventos, carnaval e eu entro em um ritmo que sai totalmente do que é a minha rotina usual.  
Assim que a folia acabar, "amanhã tudo volta ao normal"... 
E aí sim, iniciamos o processo de ajustes para os efeitos climatéricos. 

Aliás, falando em 2024, logo ali em março eu completo 15 anos de diagnóstico!! 
Uau! 
É tempo à beça.
Tempo que vem sendo de aprender, de dividir, de cuidar, de me deixar cuidar (sei que eu sou difícil nessa arte...), de perguntar, de responder. 
Tempo de agradecer! 

Quanta coisa nesse tempo.
Quanta insulina. Quanto furo no dedo, quantos sensores. 
Quantas agulhas!!!!! 

E sigo. 
Quer dizer, seguimos: eu e o meu diabetes tipo 1 que chegou sem nem perguntar se podia entrar, mas acabou me abrindo tantos caminhos. 
Sem positividade tóxica aqui, longe disso. 
Só um reconhecimento pelas coisas e - principalmente - pelas pessoas que chegaram junto com ele. 

Em frente, sempre. 
Um dia de cada vez. 
Uma glicemia de cada vez!

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