A temporada das flores...
~ Que saudade, agora me aguardem
Chegaram as tardes de sol à pino
Pelas ruas, flores e amigos me encontram vestindo meu melhor sorriso
Chegaram as tardes de sol à pino
Pelas ruas, flores e amigos me encontram vestindo meu melhor sorriso
Eu andei um tempo andando no escuro
Procurando não achar a resposta
Eu era a causa e a saída de tudo
Eu cavei como um túnel meu caminho de volta ~
A primavera chegou e já veio anunciando o quentinho (não reclamo!) que antecede o verão.
Os ajustes nas doses de insulina vêm mostrando resultados nessa fase climatérica e as glicemias melhoraram um tanto.
Mas sei que é só começo e ainda tenho um caminho a percorrer até que as coisas se acalmem e me deixem menos ansiosa com o sobe e desce dessa vida diabética.
Com os ares da nova estação, chegou para mim uma mensagem de uma pessoa responsável por uma criança dizendo que ao buscar uma informação sobre sensores e monitoramento de glicemia no google chegou até o Insulina Portátil.
Isso pode parecer pouco, mas é enorme para quem divide a vida convivendo com a doçura...
Eu nunca liguei para números ou curtidas ou seguidores. O que me importa é que a informação de qualidade e a educação em diabetes alcancem quem precisar, pelos quatro cantos do país (quiçá do mundo!).
E quando tenho um retorno como esse, qualquer dúvida em relação a seguir ou não por aqui desaparece.
Eu me coloco de cara limpa e coração aberto mostrando a vida todo dia, a cada minuto, com o diabetes que chegou sem pedir licença.
E é por isso que sigo aqui.
Divido e aprendo.
Reflito e compartilho...
No fundo, acho que essa é a pergunta que resume e guia a forma como eu lido com esse tempo todo de diagnóstico e de trabalho pela educação em diabetes.
Ainda vemos notícias de escolas que pedem para as crianças saírem da sala para medir a glicemia ou aplicar insulina, de pessoas que não são contratadas porque a empresa ou o empregador descobrem sobre o diabetes, de concursos que tem como pré-requisito o impedimento de inscrições por pessoas que foram diagnosticadas com o diabetes...
Enquanto a gente ainda precisar insistir, resistir e provar que não somos menos capazes somente por causa do diabetes, vou seguir falando e mostrando (e, se preciso, reclamando também).
Eu sou engenheira, batuqueira, jornalista.
Sou madrasta, mulher, amiga.
Sou da família, das viagens.
Sou da música, dos registros na parede da memória.
Sou dos afetos. Dos abraços.
E da estatística do DM1.
Ter que aplicar várias doses de insulina ao dia é só mais uma das minhas virtudes!
Que a primavera chegue trazendo flores e cores.
Que a mudança no ar inspire a mudar mentes e que o preconceito fique para trás.
Que a informação seja caminho para inspiração.
Nós somos muitos.
Mas, acima de tudo e para além de cada gota de insulina, nós somos iguais.
~ eu passei um tempo andando no escuro
procurando não achar as respostas
eu era a causa e a saída de tudo
eu cavei como um túnel meu caminho de volta ~
Comentários
Postar um comentário