Um balanço semestral...

Teve aniversário e celebração de Iemanjá na Bahia, teve Carnaval, teve agradecimento pela saúde com 14 anos completos de DM1, teve indignação pelo descarte de canetas de insulina que perderam a validade, teve consulta de revisão com gineco e endócrino (e um monte de exames!), teve diagnóstico novo (!!), declaração da OMS decretando o fim da pandemia (ufaaaa!!), teve crônica escrita e incluída em uma publicação da Feira Literária Internacional de Paraty, teve reencontro com amigos, teve despedida na família, teve férias em Londres, teve volta com muitos desafios ao trabalho, teve óculos novo pra ler de perto... teve muita coisa até aqui nesses seis primeiros meses do ano!  

Se com o diabetes cada dia é uma surpresinha de altos e baixos da doçura, na vida para além dele tem sido assim também!

Haja emoção 'só' para seis meses.

No trabalho, o reconhecimento me deu uma promoção e um curso de especialização na minha área. Estou bem feliz, sem dúvida, mas ainda me reorganizado entre as horas do dia. 
Sem querer deixar o corporativo tomar conta, mas com foco em manter a qualidade do que eu faço e, principalmente, o cuidado e atenção na liderança da minha equipe (super querida).

No coração, o apoio mútuo e o fortalecimento da nossa relação com todos os desafios que a carreira e a vida em família trazem. As crianças cresceram, as perguntas mudaram, as vontades também. E a nossa parceria segue firme, nossas mãos dadas e nosso afeto crescendo junto. 

Na saúde, mais uma novidade: um climatério para enlouquecer a doçura do diabetes tipo 1. 
Ainda estou me entendo com esse tal e logo venho falar mais sobre ele...

Ando afastada da escrita (e estou sentindo uma falta danada), ando afastada das redes diabéticas.
Me pego alternando sentimentos sobre esse blog, passando por "isso não faz mais sentido" e "isso sempre vai fazer sentido enquanto faltar acesso à educação e tratamento para alguém".
Mas a verdade é que realmente sinto falta e agora quero voltar a circular por aqui.

Sem jamais desmerecer quem está do meu lado faça chuva ou faça sol, o fato é que ter e saber de 'alguéns' que entendem na pele aquela dor agudinha do furo no dedo ou a irritação quando a agulha quebra antes da aplicação da insulina ou quando o sensor dá defeito e ainda faltavam dias para acabar ou quando surge por aí uma proposta de cura milagrosa que promete dispensar a insulina ou ainda a felicidade que é uma glicemia dentro da meta quando você achava que estava tudo caótico é acolhedor. 

É preciso falar sobre diabetes.
E eu estou aqui para isso. 

Quero as trocas glicêmicas, quero dividir as dores e delícias da vida com diabetes, quero continuar metendo a cara na luta por quem convive com a condição e quero estar mais próxima dos meus iguais.

Essa cumplicidade diabética é essencial!!

Vamos em frente que ainda tem muito ano para acontecer!