Melhor hoje... e um dia por vez!

Vocês estão bem, gente? 

Aqui estou em fase de adaptação / atualização da máquina. 
Sabem como é? 

Novas doses de insulina (vou entrar nesse detalhe e explicar o porquê em breve), mais atenção ao meu autocuidado (andei deixando isso de lado), consultas médicas periódicas em andamento, uma geral na casinha (de tirar poeira à parte que a gente deixa pendente para resolver depois à tirar os excessos - de roupas, acessórios, papeis...) e máscaras todas no lixo!! 

Isso foi libertador, juro.
Não imaginei que fosse ser tão representativo, que fosse me trazer uma sensação ainda maior de alívio. 
Eu sei que o vírus ainda existe, mas confio na ciência, na vacina e na segurança sanitária que o mundo alcançou depois de anos vivenciando essa pandemia tão catastrófica. 
(aliás, não esqueçam de tomar a bivalente!) 

Cores novas para o esmalte, um corte de cabelo, espaço no armário, criando espaço na agenda...
Buscando cada vez mais filtrar entre o sim e o não na correria e nos muitos compromissos que vão surgindo entre as horas dos dias, das semanas. 
Respeitando o que o corpo e a mente sentem. Respeitando as vontades (e até a falta dela).
E, como sempre, de olho na glicemia. 

Meu glicosímetro segue como a maior ferramenta de controle da doçura por aqui. 
(E não, meu sensor não é luxo, não é 'publi'... é a base para eu conseguir ter um controle cada vez mais preciso nessa vida diabética.) 

Há alguns anos fui 'classificada' como blogueira...
Não entendia muito bem o que isso significava.
Meu Insulina Portátil nasceu com o objetivo de dividir vivências, unir forças, dar as mãos e me colocar à disposição a tantos iguais nesse mundo do diabetes. 

Tempos depois, o título novo chegou: 'influenciadora'. 
Opa, e agora, o que isso significa? 
Da mesma forma, demorei a entender e até a aceitar. 
Conversando com a família, o namorado, os amigos, veio a clareza: "você influencia pessoas quando mostra que elas podem".

E é isso: elas podem viver bem com o diabetes. Nós podemos!
podemos inspirar outros iguais.
Podemos - e devemos - lutar pelo que é de direito.
Há tempos bato nessa tecla (vem aqui, ó, pra lembrar que a gente pode sim!) e faço questão de continuar, acima de tudo, acreditando nisso.

Tudo interfere no vai e vem da glicose no sangue. 
Muita insulina, pouca insulina, muito carboidrato, pouco carboidrato, muito cansaço, pouco sono, a euforia das férias, o dia cheio no trabalho, zero exercício e muita preguiça de me movimentar... 
Tudo! 
Por isso é tão importante medir e medir e medir. 

E é por isso também que eu tenho a consciência de que quando publico uma glicemia - seja qual for o valor registrado -, quando mostro as aventuras de uma viagem, quando digo que não me adaptei a um tipo de tratamento para o diabetes que muitos consideram como o melhor do mundo, quando digo que a postura de quem desdenha de vidas humanas me irrita, de certa forma eu tenho influência sobre pessoas. 
Faz sentido! 

E aí, junto com tantos outros que estão pelas redes sem fronteira da internet, poder ensinar e aprender com experiências trocadas traz uma força enorme para mim.
Seja para o controle de glicemia, seja para celebrar uma pequena conquista na doçura do diabetes tipo 1, seja para ativar a calma e lembrar que a hipo e a hiper sempre passam. 

Mas sou, acima de tudo, gente. 
Gente que sente, gente que se importa, gente que se chateia.
Gente que entende que as coisas são diferentes para cada um.
Sou gente que divide as angústias de um dia de doçura meio descontrolada. 
Gente que sabe que acabar com o estigma em torno dessa condição de saúde é primordial.
Gente que, um dia de cada vez - até naqueles dias em que o peso do mundo parece não sair das costas - acredita que cabe à gente se perguntar: 
- O que eu posso fazer melhor hoje?


Ainda que o melhor hoje seja a quietude e o sossego no sofá ou a briga pela falta de acesso ao básico para o tratamento de diabetes Brasil afora ou uma caminhada de 10 minutos no caminho de casa ou um hamburguer com batata frita para o jantar!




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