Crônicas do Isolamento -- Que me passe...

Uma conjunção de fatores: uma voltinha de carro para ver a movimentação por outro ângulo, uma visita à uma loja de móveis para comprar cadeira 'de escritório' para trabalhar em casa, uma paradinha no caminho para comer - dentro do carro mesmo! - e uma mudança no clima trazendo um frio que está longe de ser um novembro carioca. 
Foi o suficiente para a moleza no corpo e o nariz meio entupido deixarem no ar a dúvida sobre os sintomas. Gripe ou o tal do vírus? 

Depois de 8 meses em casa, com raras saídas, decidimos dar uma volta em um dia de feriado para aproveitar o tempo do lado de fora do apê. A ideia era só levar os descartes de agulhas e tirinhas para o local de coleta e depois passear um pouco para ver a cidade. Decidimos então passar pela loja de móveis e, como não estava cheia, entramos. 

Por aqui, recentemente a empresa já me informou que o home office vai se estender até março de 2021, pelo menos. Então, por mais que já tenha me organizado e arrumado a minha estação de trabalho em casa - depois de um vai e vem de mesas e estantes pela sala - a cadeira que eu uso já não estava adequada. E cadeira não se compra sem testar! Lá fomos nós, de máscara, álcool em punho e todos os cuidados de distanciamento possíveis.

De volta para casa, cadeira nova em quarentena, a chuva chegou. No dia seguinte, mal estar, um espirro daqui outro dali... Pronto: dúvida e uma enorme ansiedade sobre ser ou não ser a tal da covid-19.
A solução foi esperar e, enquanto isso, monitorar bem de pertinho tanto a glicemia quanto a temperatura.

O fato é que tínham se passado 10 dias e nada da gripe ceder. Temperatura alterada (não estava alta e nem em níveis procupantes, mas estava acima do normal) e muitos espirros ao longo do dia. Paladar e olfato seguiam ativos, mas a verdade é que por ser grupo de risco, a atenção e a ansiedade estavam redobradas por aqui. Eu realmente comecei a ter um receio de que poderia ser covid. 

Minha endócrino, que estava me acompanhando à distância, decidiu pedir o teste. 14/11, Dia Mundial do Diabetes, e lá fui eu ao laboratório! Máscara, álcool, distanciamento... exame feito. Alguns dias depois, o resultado: negativo! Mas, eu continuava com a garganta arranhando e o nariz bem congestionado. Mais uma decisão da minha médica: fazer o PCR. Exame agendado e atenção redobrada à glicemia. Nem tive e nem estava com o vírus ativo. Ufa!! É um alívio imenso. 

O desconhecido que ainda cerca esse coronavírus deixa uma apreensão enorme. Pelo que pode causar, pelo que deixa depois de curar... tudo ainda bem assustador. 

Sigamos!
Embora no Rio pareça que a pandemia já acabou ou que a vacina chegou (não consigo compreender a quantidade de gente em luais na praia, festas e todos os tipos de aglomeração), me mantenho quietinha em casa, isolada e com todos os cuidados possíveis na hora que preciso sair. 
Tô pirando de saudade de tudo e de todos? Sim!! Mas prefiro pecar pelo excesso à me expor. 
Mesmo com a vontade de estar andando livremente por aí, respirando sem barreira e abraçando sem pudor, minha opção é pelo cuidado e proteção dos meus.

Vai passar...
Um dia de cada vez.
Hoje falta menos que faltava ontem!

Quero vacina. Quero viajar. Quero carnaval. Quero férias. Não necessariamente nessa ordem...



 


 

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