Análogos de Ação Prolongada no SUS!
Em janeiro deste ano, a CONITEC abriu uma consulta pública sobre as insulinas análogas de ação prolongada.
Trata-se daquelas que atuam no organismo por 12 ou 24 horas. São do tipo glargina (Lantus, Tujeo), detemir (Levemir) ou degludeca (Tresiba).
O que esta consulta pública buscava avaliar eram os benefícios deste tipo de insulina em relação às demais utilizadas.
Em dez anos de tratamento, depois de começar com a NPH, usei a Levemir e agora estou coma Tresiba. E não tenho qualquer dúvida em como meu controle de glicemia melhorou muito. Com a NPH, eu tinha vários episódios de hipoglicemia ao longo do dia... Com a Levemir, as hipos diminuíram bastante; com a Tresiba, hoje em dia minha estabilidade glicêmica é muito maior!
Depois de analisar as respostas de pacientes, pais, responsáveis, cuidadores, médicos e outros profissionais de saúde, finalmente saiu o resultado: foi recomendada pela CONITEC a inclusão dos análogos de ação lenta nos tratamento oferecidos na rede pública de saúde. A formalização se deu através da Portaria número 19 do Ministério da Saúde / Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, no dia 27 de março.
Certamente vai trazer benefícios e mais qualidade de vida pra muita gente que convive com a doçura do diabetes tipo 1!
O prazo para efetivação desta Portaria é de 6 meses, ou seja, até o dia 23/09/2019 o SUS deve ter os análogos de ação prolongada disponíveis para os pacientes.
Mas... tudo indica que não vai ser tão simples assim conseguir esse tipo de tratamento.
A prescrição destes tipos de insulina vai ser "condicionada ao custo de tratamento igual ou inferior ao da insulina NPH na apresentação de tubete com sistema aplicador (...)".
O problema é que a NPH é bem mais barata do que os análogos lentos.
- Ah, mas então por que recomendar uma insulina mais cara?
Porque o que deveria ser avaliado é o custo-efetividade: o que se gasta a mais agora reduz o gasto futuro com internações, tratamento de complicações...
O que falta é educação em saúde e conhecimento sobre a questão. E aí, não falo só dos paciente não... O poder público precisa entender a fundo sobre todos os riscos que o mau controle do diabetes traz.
Uma visão global, que vai da prevenção - no caso do diabetes tipo 2 - à informação, no que diz respeito à sintomas, tratamento e complicações, permite uma avaliação mais profunda e mais clara sobre os análogos de insulina e o que ela pode trazer de benefícios.
Há muito ainda para acontecer até que os análogos sejam de fato disponibilizados nas unidades públicas de saúde, mas torço para que a conscientização sobre a qualidade de vida que estas insulinas proporcionam esteja sempre à frente neste caminho!
Trata-se daquelas que atuam no organismo por 12 ou 24 horas. São do tipo glargina (Lantus, Tujeo), detemir (Levemir) ou degludeca (Tresiba).
O que esta consulta pública buscava avaliar eram os benefícios deste tipo de insulina em relação às demais utilizadas.
Em dez anos de tratamento, depois de começar com a NPH, usei a Levemir e agora estou coma Tresiba. E não tenho qualquer dúvida em como meu controle de glicemia melhorou muito. Com a NPH, eu tinha vários episódios de hipoglicemia ao longo do dia... Com a Levemir, as hipos diminuíram bastante; com a Tresiba, hoje em dia minha estabilidade glicêmica é muito maior!
Depois de analisar as respostas de pacientes, pais, responsáveis, cuidadores, médicos e outros profissionais de saúde, finalmente saiu o resultado: foi recomendada pela CONITEC a inclusão dos análogos de ação lenta nos tratamento oferecidos na rede pública de saúde. A formalização se deu através da Portaria número 19 do Ministério da Saúde / Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, no dia 27 de março.
Certamente vai trazer benefícios e mais qualidade de vida pra muita gente que convive com a doçura do diabetes tipo 1!
O prazo para efetivação desta Portaria é de 6 meses, ou seja, até o dia 23/09/2019 o SUS deve ter os análogos de ação prolongada disponíveis para os pacientes.
Mas... tudo indica que não vai ser tão simples assim conseguir esse tipo de tratamento.
A prescrição destes tipos de insulina vai ser "condicionada ao custo de tratamento igual ou inferior ao da insulina NPH na apresentação de tubete com sistema aplicador (...)".
O problema é que a NPH é bem mais barata do que os análogos lentos.
- Ah, mas então por que recomendar uma insulina mais cara?
Porque o que deveria ser avaliado é o custo-efetividade: o que se gasta a mais agora reduz o gasto futuro com internações, tratamento de complicações...
O que falta é educação em saúde e conhecimento sobre a questão. E aí, não falo só dos paciente não... O poder público precisa entender a fundo sobre todos os riscos que o mau controle do diabetes traz.
Uma visão global, que vai da prevenção - no caso do diabetes tipo 2 - à informação, no que diz respeito à sintomas, tratamento e complicações, permite uma avaliação mais profunda e mais clara sobre os análogos de insulina e o que ela pode trazer de benefícios.
Há muito ainda para acontecer até que os análogos sejam de fato disponibilizados nas unidades públicas de saúde, mas torço para que a conscientização sobre a qualidade de vida que estas insulinas proporcionam esteja sempre à frente neste caminho!
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