#vempacote
Essa semana um outro lado da minha história foi contado pela Vanessa, no Portal De Bem com a Vida, da Accu-Chek.
Algumas pessoas já sabiam, outras ainda não.
- Ah, mas então você estava escondendo isso?
Não, jamais.
Mas tem horas que a gente precisa se guardar um pouquinho...
E eu respeitei o meu momento.
Estar grávida sem pança crescendo já gera uma curiosidade naturalmente.
São muitos 'por quês', de todos os lados:
- Por que você não faz inseminação?
- Por que você não pode engravidar? (não, não é o caso!)
- Você não consegue engravidar por causa do diabetes? (a mais recorrente de todas...)
Respostas simples: não faço questão de gestar, nunca tentei engravidar e, portanto, nunca soube se tenho algum problema que me impeça de ter uma gravidez na pança. E não, não é por causa do diabetes.
É simplesmente porque a adoção, para mim, é só uma outra maneira de ter um filho.
Bati um papo sobre isso - entre tantos outros assuntos da vida - com a Van, no final do ano passado lá em Abu Dhabi, e ela me pediu para contar mais sobre a espera do meu pacotinho.
Aí está, a entrevista na íntegra!
Algumas pessoas já sabiam, outras ainda não.
- Ah, mas então você estava escondendo isso?
Não, jamais.
Mas tem horas que a gente precisa se guardar um pouquinho...
E eu respeitei o meu momento.
Estar grávida sem pança crescendo já gera uma curiosidade naturalmente.
São muitos 'por quês', de todos os lados:
- Por que você não faz inseminação?
- Por que você não pode engravidar? (não, não é o caso!)
- Você não consegue engravidar por causa do diabetes? (a mais recorrente de todas...)
Respostas simples: não faço questão de gestar, nunca tentei engravidar e, portanto, nunca soube se tenho algum problema que me impeça de ter uma gravidez na pança. E não, não é por causa do diabetes.
É simplesmente porque a adoção, para mim, é só uma outra maneira de ter um filho.
E aí, quando o reloginho bateu, fui atrás do que precisava para 'engravidar'.
Bati um papo sobre isso - entre tantos outros assuntos da vida - com a Van, no final do ano passado lá em Abu Dhabi, e ela me pediu para contar mais sobre a espera do meu pacotinho.
Aí está, a entrevista na íntegra!
Conheça a vivência de Juliana Lessa à espera de seu filho(a)
Adoção – a gestação que acontece no coração
Desde adolescente, pensava na adoção como um caminho para ter meus filhos e com 36 anos senti que estava na hora de ser mãe. Nessa época, estava solteira e não tinha interesse em ter uma criança por meio de inseminação artificial.
Apesar de ter certeza da decisão tomada, o medo apareceu de imediato. E se eu não estiver fazendo a coisa certa? E se eu não der conta da maternidade e não souber educar?
O amadurecimento da ideia aconteceu aos poucos; passei um bom tempo lendo sobre o assunto e buscando todas as informações possíveis, pois além de tratar de adoção mono-parental, tinha receio pelo fato de ter diabetes tipo 1, que isso pudesse pesar contra mim. Além disso, na época em que dei entrada no pedido de habilitação para adoção, eu não tinha mais emprego fixo e tinha começado a trabalhar como profissional autônoma.
O processo é extenso, burocrático, mas absolutamente necessário. Cada uma das etapas é importante para entendermos mais a fundo sobre a gestação que acontece no coração. As pessoas interessadas participam de uma primeira reunião de caráter informativo. Em sequência, ocorrem reuniões obrigatórias com Grupo de Apoio associado à Vara da Infância, entrevista com psicóloga e assistente social até acontecer a visita em casa. Feito isso, seguimos com a entrega de documentos (certidões negativas cíveis e criminais, atestados de saúde física e mental, declarações de idoneidade, comprovantes de renda, moradia). Toda a documentação e os relatórios do processo são encaminhados para o Ministério Público e só então receberemos a sentença final do juiz.
Muitas pessoas ficam curiosas em saber quanto tempo leva todo o processo. Atualmente, os prazos estão mais curtos, pelo menos foi o que ocorreu na comarca da capital do Rio de Janeiro. Em particular, no meu caso, foram sete meses entre a primeira reunião e a entrega dos documentos, somados mais quatro meses até receber o Certificado de Habilitação, meu resultado “positivo” de gravidez, que significa que já estou habilitada e esperando apenas o telefone tocar!
Durante todo o desenrolar do processo, fui invadida por uma série de sentimentos e sensações. Cada etapa parecia um julgamento e é claro que afetou o meu emocional. Percebi que as glicemias ficaram alteradas, a hemoglobina glicada aumentou nesse período, afetando também alguns hormônios e, dentre eles, a prolactina, responsável pela produção do leite materno. Por algumas vezes chegou a vazar um pouquinho de leite do meu peito.
A adoção é puro ato de amor e nos ensina que ser mãe independe de DNA. Ao longo da vida adotamos pessoas…um amigo que se torna irmão, uma pessoa que passa a exercer o papel de pai ou mãe pelo amor. O filho que chegará será meu, independentemente de ter sido gerado na minha barriga ou não.
A doçura já está sob controle e tudo vai bem.
Sigo por aqui na espera, controlando a tal ansiedade e - lá no fundo - com a certeza de que tudo acontece no tempo certo!
Lindo depoimento Ju! Vc realmente é uma pessoa especial! Tbm sempre tive vontade de adotar!
ResponderExcluirObrigada, querido! Apesar de ser um processo burocrático, é necessário. E eu recomendo... Sigo na minha espera, cheia de amor. :)
Excluir