A palavra que conta.
Que peso o diabetes tem!
É impressionante como até hoje a palavra, dita no momento do diagnóstico, vem acompanhada de medo, tensão, pavor. É até justificável, a contar pela falta de conhecimento e entendimento sobre a condição. Quando aconteceu comigo, nos idos de março de 2009, foi assim. O susto grande, a sensação de que aquilo não podia ser verdade, não fazia qualquer sentido. Uma realidade na qual passariam a fazer parte as agulhas e as injeções diárias?? Mais: que um corte poderia nunca cicatrizar e traria as piores consequências... Não é exagero, não. Eu não entendia nada sobre o diabetes e isso era tudo que eu ouvia a respeito dessa 'doença fatal'.
Imagina, aquilo não poderia ser para mim. Mas era! Só que não exatamente assim...
E foi o fato de ter me dado conta disso que mudou tudo.
Pesquisei, estudei, me informei, questionei e entendi. Passei da fase da negação sendo guiada pela informação, pela educação em diabetes; compreendendo a cada dia que posso viver bem com uma condição séria de saúde me acompanhando.
A questão é que pouco vejo sendo dito ou mostrado em relação à educação em diabetes. Algumas associações trabalham em cima disso, levam palestras e fazem encontros para explicar e mostrar mais e mais sobre autocuidado, sobre a importância de saber interpretar o que número mostrado no glicosímetro está dizendo, sobre os benefícios da rotina de atividades físicas... Mas no geral, quase tudo divulgado sobre o diabetes vem com uma carga negativa. Fazer uma matéria direcionada a quem "sofre com diabetes" é colocar a pessoa num patamar onde nada dá certo, onde nada funciona e nem pode ser bom.
Para usar esses termos, só se for uma referência à absurda e intermitente falta de insumos e tratamentos para quem precisa. Aí sim, daria todo o meu apoio! E digo que deveria ser estampado em capa de jornal, com letras garrafais.
É preciso - sempre - falar sobre diabetes, mas é preciso adequar a linguagem e os assuntos.
Exemplos não faltam... Tem diabetes no esporte, pelo mundo, na moda, entre grandes executivos, no samba. Tem diabetes e qualidade de vida. Tem diabetes e saúde sim!
Está na hora de readequar os textos. Pesquisem, perguntem, busquem pelas redes e pela vida e tenho certeza que serão encontrados muitos docinhos sem sofrimento algum. Quanto mais se mostra a realidade possível da boa convivência com a doçura, mais pessoas com diabetes passarão a acreditar que isso também pode ser para eles.
Vocês podem substituir o "sofre com diabetes" por "joga com diabetes", "dança com diabetes", "curte com diabetes", "viaja", "se cuida", "passeia"... Abram seus horizontes e revejam seus conceitos.
Adequem suas escritas, porque essa gente incrível e doce já vem readequando o pensamento e a vivência com a condição faz tempo!
É impressionante como até hoje a palavra, dita no momento do diagnóstico, vem acompanhada de medo, tensão, pavor. É até justificável, a contar pela falta de conhecimento e entendimento sobre a condição. Quando aconteceu comigo, nos idos de março de 2009, foi assim. O susto grande, a sensação de que aquilo não podia ser verdade, não fazia qualquer sentido. Uma realidade na qual passariam a fazer parte as agulhas e as injeções diárias?? Mais: que um corte poderia nunca cicatrizar e traria as piores consequências... Não é exagero, não. Eu não entendia nada sobre o diabetes e isso era tudo que eu ouvia a respeito dessa 'doença fatal'.
Imagina, aquilo não poderia ser para mim. Mas era! Só que não exatamente assim...
E foi o fato de ter me dado conta disso que mudou tudo.
Pesquisei, estudei, me informei, questionei e entendi. Passei da fase da negação sendo guiada pela informação, pela educação em diabetes; compreendendo a cada dia que posso viver bem com uma condição séria de saúde me acompanhando.
A questão é que pouco vejo sendo dito ou mostrado em relação à educação em diabetes. Algumas associações trabalham em cima disso, levam palestras e fazem encontros para explicar e mostrar mais e mais sobre autocuidado, sobre a importância de saber interpretar o que número mostrado no glicosímetro está dizendo, sobre os benefícios da rotina de atividades físicas... Mas no geral, quase tudo divulgado sobre o diabetes vem com uma carga negativa. Fazer uma matéria direcionada a quem "sofre com diabetes" é colocar a pessoa num patamar onde nada dá certo, onde nada funciona e nem pode ser bom.
Para usar esses termos, só se for uma referência à absurda e intermitente falta de insumos e tratamentos para quem precisa. Aí sim, daria todo o meu apoio! E digo que deveria ser estampado em capa de jornal, com letras garrafais.
É preciso - sempre - falar sobre diabetes, mas é preciso adequar a linguagem e os assuntos.
Exemplos não faltam... Tem diabetes no esporte, pelo mundo, na moda, entre grandes executivos, no samba. Tem diabetes e qualidade de vida. Tem diabetes e saúde sim!
Está na hora de readequar os textos. Pesquisem, perguntem, busquem pelas redes e pela vida e tenho certeza que serão encontrados muitos docinhos sem sofrimento algum. Quanto mais se mostra a realidade possível da boa convivência com a doçura, mais pessoas com diabetes passarão a acreditar que isso também pode ser para eles.
Vocês podem substituir o "sofre com diabetes" por "joga com diabetes", "dança com diabetes", "curte com diabetes", "viaja", "se cuida", "passeia"... Abram seus horizontes e revejam seus conceitos.
Adequem suas escritas, porque essa gente incrível e doce já vem readequando o pensamento e a vivência com a condição faz tempo!
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