"...a batida da vida o ano inteiro..."
Extasiada! Acho que essa é a palavra que resume o que ainda está por aqui... Maracanã vibrando por pessoas que não conhecem a definição de impossível.
Eu não estava tão no espírito olímpico (reforço o que já tinha dito: respeito máximo aos atletas, só não consegui curtir tanto o 'evento'...) mas estar presente na abertura dos Jogos Paralímpicos foi emocionante. Sentir tão de perto a força de cada um que estava ali dando seu máximo, fossem os voluntários ou cada atleta, me trouxe uma baita energia.
Foi super tranquilo entrar com meus lanchinhos, glicosímetro, insulina e agulhas. Na verdade, mal olharam a minha bolsa e no raio X passei sem problemas, mas para evitar qualquer transtorno eu estava com o meu atestado!
Eu tinha levado minhas barrinhas (e um kit básico para uma hipoglicemia, com mel e chocolate) e não comprei nada lá para comer, mas pude ver que não estava tão fácil. Sem falar dos preços, entre as opções industrializadas eu vi amendoim e pacotes de batata-frita. Tinham sanduíches e pipoca também, mas a fila da pipoca estava sempre grande e os sandubas chegavam a ter uma espera de 15 a 20 minutos para sair.
O docinho se comportou muito bem, mesmo com a emoção à flor da pele durante toda a cerimônia.
As crianças que levaram a bandeira dando passinhos de superação e mostrando uma alegria contagiante com os bracinhos levantados quando ouviam seu nome ser anunciado... Me arrepio só de lembrar! O tombo da Marcia Malsar transformou um susto em uma reação de cumplicidade: um estádio inteiro se levantou com ela e seguiu de pé, aplaudindo e vibrando. Tão bonita e tão reconfortante esta união.
Numa época em que ando desacreditada da humanidade, isso tudo me fez ter esperança por dias e tempos melhores. Voltei para casa leve, meio em transe.
Apesar dos pesares, ouvir o hino do nosso país ainda faz meu coração bater. Tem muito a mudar, tem muito a melhorar. Falta respeito pelo cidadão, falta acesso ao básico.
Educação, saúde, dignidade.
Voltando o foco para a causa que eu passei a conhecer a fundo com um diagnóstico inesperado há 7 anos, quando falamos do diabetes falta, além de insumos e tratamento multidisciplinar, conhecimento. A doença, que é crônica, não tem a atenção que deveria. Tantos docinhos por aí que não tem informação mínima, mal consegue uma consulta.
Educação em diabetes é citada como luxo. Pasmem: não é! É uma ferramenta fundamental para um bom controle e uma - muito - melhor qualidade de vida. Sem conhecimento os pacientes não conseguem nem saber pelo que podem e devem lutar.
Mas vamos em frente. Assim mesmo, no plural!
Pouco antes de ir embora, um encontro e um papo rápido com a Cris, nossa jornalista e apoiadora querida. Sabemos que temos muito pela frente, mas sabemos que temos um time determinado a fazer acontecer.
Eu não estava tão no espírito olímpico (reforço o que já tinha dito: respeito máximo aos atletas, só não consegui curtir tanto o 'evento'...) mas estar presente na abertura dos Jogos Paralímpicos foi emocionante. Sentir tão de perto a força de cada um que estava ali dando seu máximo, fossem os voluntários ou cada atleta, me trouxe uma baita energia.
Foi super tranquilo entrar com meus lanchinhos, glicosímetro, insulina e agulhas. Na verdade, mal olharam a minha bolsa e no raio X passei sem problemas, mas para evitar qualquer transtorno eu estava com o meu atestado!
Eu tinha levado minhas barrinhas (e um kit básico para uma hipoglicemia, com mel e chocolate) e não comprei nada lá para comer, mas pude ver que não estava tão fácil. Sem falar dos preços, entre as opções industrializadas eu vi amendoim e pacotes de batata-frita. Tinham sanduíches e pipoca também, mas a fila da pipoca estava sempre grande e os sandubas chegavam a ter uma espera de 15 a 20 minutos para sair.
O docinho se comportou muito bem, mesmo com a emoção à flor da pele durante toda a cerimônia.
As crianças que levaram a bandeira dando passinhos de superação e mostrando uma alegria contagiante com os bracinhos levantados quando ouviam seu nome ser anunciado... Me arrepio só de lembrar! O tombo da Marcia Malsar transformou um susto em uma reação de cumplicidade: um estádio inteiro se levantou com ela e seguiu de pé, aplaudindo e vibrando. Tão bonita e tão reconfortante esta união.
Numa época em que ando desacreditada da humanidade, isso tudo me fez ter esperança por dias e tempos melhores. Voltei para casa leve, meio em transe.
Apesar dos pesares, ouvir o hino do nosso país ainda faz meu coração bater. Tem muito a mudar, tem muito a melhorar. Falta respeito pelo cidadão, falta acesso ao básico.
Educação, saúde, dignidade.
Voltando o foco para a causa que eu passei a conhecer a fundo com um diagnóstico inesperado há 7 anos, quando falamos do diabetes falta, além de insumos e tratamento multidisciplinar, conhecimento. A doença, que é crônica, não tem a atenção que deveria. Tantos docinhos por aí que não tem informação mínima, mal consegue uma consulta.
Educação em diabetes é citada como luxo. Pasmem: não é! É uma ferramenta fundamental para um bom controle e uma - muito - melhor qualidade de vida. Sem conhecimento os pacientes não conseguem nem saber pelo que podem e devem lutar.
Mas vamos em frente. Assim mesmo, no plural!
Pouco antes de ir embora, um encontro e um papo rápido com a Cris, nossa jornalista e apoiadora querida. Sabemos que temos muito pela frente, mas sabemos que temos um time determinado a fazer acontecer.
"...eu ponho fé é na fé da moçada
que não foge da fera, enfrenta o leão..."
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