Pra ser parte da solução.
Já falei por aqui que uma das coisas que me fizeram logo de cara simpatizar com a minha endocrinologista e ganhar uma baita confiança desde o começo foi o fato dela não ter me jogado no colo um monte de 'ordens' relacionadas ao meu tratamento sem nem saber como era o meu dia a dia, como era a minha vida real.
Isso é muito importante num cenário onde o novo chega sem avisar e já causando alarde.
E vejo que hoje os médicos e profissionais de saúde tem buscado cada vez mais se aproximar dos pacientes, avaliando cada um individualmente.
Horários, alimentação, exercícios, trabalho... entender com funcionava a rotina dos pacientes é fundamental para adequar o tratamento.
Dois anos e meio depois da primeira vez que abordei esta questão no IP, vejo que isso deu frutos.
Na ultima semana a SBD publicou um artigo de duas psicólogas que trabalham em grupos de Educação em Diabetes na Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP, onde elas apresentam resultados positivos desta interseção.
Na ultima semana a SBD publicou um artigo de duas psicólogas que trabalham em grupos de Educação em Diabetes na Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP, onde elas apresentam resultados positivos desta interseção.
A matéria está disponível na integra, mas destaco alguns trechos aqui:
"Cabe ao profissional de saúde ser o principal parceiro do paciente na jornada de conhecer sua doença e aprender a lidar com ela. Sendo o diabetes uma doença crônica, ou seja, “para sempre”, mesmo que tudo seja feito corretamente em determinado momento o tratamento vai necessitar de ajustes e este deve ser feito junto com os profissionais."
"Levantar com o paciente seus horários de trabalho, refeição, sono, nos permite adequar a medicação a sua realidade. Saber dos seus hábitos alimentares, comidas prediletas, datas importantes nos permite adequar sua alimentação para um bom controle glicêmico. Entrar em contato com sua visão sobre o diabetes, quais seus receios e medos, saber do seu momento de vida atual, nos permite introduzir a informação necessária para seu autocuidado. Ensinar como tomar a medicação, medir a glicemia, cuidar dos pés ou aplicar a insulina possibilita prevenir o avanço da doença. Viabilizar a prática de atividade física ajuda a manter o controle glicêmico além de todos os benefícios do exercício (condicionamento muscular e cardiovascular), ou seja, o caminho para trabalhar com todas essas informações só é possível com a integração do médico, nutricionista, psicólogo, enfermeiro e educador físico em torno de um único objetivo: levar o paciente ao controle glicêmico respeitando seu estilo de vida."
Recomendo bastante a leitura.
Esse é o melhor caminho para o bom entendimento da condição.
Defendo o envolvimento do paciente desde o começo assim como defendo que o conhecimento também contribui para um bom controle.
Tomara que a burocracia e os problemas que existem hoje na área de Saúde não atrapalhem este processo!
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