Quando ouvi da minha endócrino o meu diagnóstico de diabetes tipo 1, chorei. Chorei muito! E sabe por que? Porque eu não sabia, de fato, o que aquilo significava. Achava que eu teria que parar a minha vida, que não poderia mais viajar, tocar tamborim, passear livremente. O motivo do meu choro não era o diagnóstico em si, mas o medo. O medo do que eu não sabia. E quando a gente não sabe, a gente perde o racional. Sabe o que resolve isso? Informação. Educação. Nesse momento de choro, fui acolhida pela minha endócrino e pela minha ginecologista (que foi quem, de início, já desconfiava dos resultados dos exames e me encaminhou para a endocrinologista... tem mais sobre isso aqui, ó: Senta que lá vem história ). Ali, de imediato, eu entendi que não estava sozinha. Foi assim que eu 'aprendi' a ter diabetes, a ser diabética: com acolhimento. Ouvi, fui ouvida. O tratamento seria adequado à minha rotina, e não o inverso. Jamais tive que mudar meu dia a dia em função da minha condiçã
Quando alguém me pergunta, aleatoriamente, qual é o meu maior medo em relação ao diabetes, a resposta é imediata: hipoglicemia. Lembro claramente da primeira hipo que tive (já sabendo do que se tratava) no dia seguinte ao do meu diagnóstico. Enjoo, uma sensação de fraqueza, de que eu não ia conseguir andar se tentasse levantar. A partir dali, comecei a prestar atenção às sensações que me avisam que a glicemia está despencando: suor frio, mãos trêmulas, corpo não querendo me obedecer. É medir e confirmar: 60mg/dL, 72mg/dL; 45mg/dL... do que eu me lembro, a hipoglicemia mais complexa que eu já registrei foi de 34mg/dL. E aí tem a regra dos 15g de carboidratos. Até 70mg/dL, essa é a quantidade indicada de carboidratos simples (aqueles que agem mais rápido para fazer a glicemia subir, como suco, refrigerante, mel...). O problema é que na hora que o corpo descompensa com hipo, a razão vai embora. O resultado é que eu comia tudo que estivesse pela minha frente! Coca-cola com chocolate co
O que é, o que é: "pode ser injetado no início de uma refeição ou até 20 minutos após iniciar uma refeição"? Essa é a Fiasp, a insulina ultra rápida que chegou no Brasil no início do ano passado e já vem sendo utilizada por muitos. Eu, interessada nos benefícios que ela trazia, logo quis mudar da que usava - NovoRapid - para a Fiasp, mas só este ano isso aconteceu. O fato é que, por causa da pandemia, suspendi minhas consultas com a minha endócrino e ela, corretamente, me orientou a seguir com o tratamento como estava até que pudesse fazer meus exames e estar no consultório pessoalmente. A expectativa ficou rodando por aqui... Esperei (ansiosamente!!) e em fevereiro, depois de fazer os exames pendentes e me consultar, minha Super Endócrino autorizou a mudança. Com as insulinas ultra rápidas, a regra básica é esperarmos mais ou menos 15 minutos a partir do momento da aplicação para então iniciar a refeição, para dar tempo da insulina começar a agir. Na teoria, meu entendi
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