Crônicas do Isolamento -- Calma, paciência e consciência!

Novo ano, novos dias por vir e eu tô viva.
Só agradeço por estar viva e ter a oportunidade de abraçar meus amores, meus amigos, minha família.
Por estar aqui e ter a chance de resgatar tanto amor que andava preso no fundo do peito, pressionado por medo e cuidado.

Eu tô viva.
E pude sentir de novo a batucada da bateria regendo as batidas do meu coração. 

Eu tô viva.
E haja insulina e sensor e tirinha para manter a doçura sob controle nesse viver tão estranho e tão intenso dos últimos vinte e dois meses.

Mas agora, vendo novamente a enxurrada de novos casos de covid aparecendo, me pego querendo voltar para a concha. 
Por mim, pelos meus. 

Será que é realmente seguro circular por aí? 
Será que é seguro que a gente se exponha, mesmo em lugares abertos e ao ar livre, para reencontros?
Será?

De novo me vejo preocupada com um espirro no meio da manhã, mesmo que tenha a consciência de que ele é resultado do ar condicionado geladinho em cima de mim durante a noite. 
Me vejo agradecendo por sentir gosto e cheiro! 

A cada mini-pânico que me bate por aqui, glicosímetro e termômetro entram em ação. 
Se já meço a glicemia com uma frequência alta, nesses momentos ele passa a trabalhar quase que de hora em hora. 
A atenção com a contagem de carboidratos anda redobrada também...

Esta semana alguns amigos com os quais eu estive junto ao longo dos últimos 7 dias avisaram que testaram positivo para covid. Marquei meu teste e o resultado foi negativo. Um alívio sim, mas que de certa forma ainda deixa a dúvida no ar: pode ter sido um falso negativo?? 

Chato isso. 
Mais chato ainda ver tanta gente próxima confirmando até sem sintoma. 
Por desencargo de consciência, já que agora fiz o antígeno, marquei um teste PCR. Exagero? Não sei... mas prefiro pecar pelo excesso neste caso. 

Que a gente siga fazendo o que é correto pela nossa saúde, pelo coletivo. 
Vacina é proteção, mas sabemos que não é garantia absoluta quando se fala em contrair a covid.

A vacinação dos pequenos não começou no Brasil, não temos clareza total sobre efeitos após ter contraído a doença e não é possível medir até que ponto o vírus e as novas cepas são 'barrados' com a vacina. Mesmo assim, sabemos que a vacina é o que nos coloca numa situação mais segura, menos grave e cruel dessa doença.

Ainda não é hora de aposentar máscaras e álcool. 
Ainda não é hora de relaxar com os cuidados.
Posso ter me deixado levar pelo calor da emoção pós três doses de vacina e ter ficado um pouco menos atenta. 

É preciso manter a calma, ter paciência e agir com consciência!
Agora é hora de repensar e, de novo, manter o foco máximo na prevenção. 
A pandemia não acabou.

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