A cidade de luz e prazer...

Mais uma viagem para a conta! Foi um bate e volta bem rápido em Salvador, mas que já deixou saudades e uma enorme vontade de ir de novo, com mais calma.

A energia que flui naquela cidade é incrível e em um final de semana de festejos para Yemanjá, isso só aumenta.

Saímos sexta à noite do Rio, praticamente direto do trabalho. Chegamos lá e fomos levados pelo cheiro do acarajé até as ruas do Rio Vermelho. Boas vindas com gostinho mais baiano não tem!
Mas e a glicemia?? Até aqui tudo bem. A dúvida que pairava no era: qual a quantidade de carboidratos de um acarajé e como isso ia interferir na minha doçura?

Por aqui, no dia a dia, tenho uma visão mais clara do quanto que os alimentos do dia a dia interferem na minha glicemia. Por exemplo, arroz branco eu conto mais do que é indicado na tabela de carboidratos da Sociedade Brasileira de Diabetes, porque se for usar a quantidade indicada não vai ser suficiente.

Voltando ao acarajé, por conta dessas variações que podem acontecer com cada alimento, para evitar uma hipoglicemia preferi ser mais conservadora. Tentativa e erro, certo?! Comecei então considerando a quantidade exata de carbos: 19 gramas.

O curioso é que dessa vez eu viajei mais tranquila. Estava com o namorado e um grupo grande de amigos que sabem sobre o diabetes, o que me deixa bem segura. Além disso, o fato de conhecer pessoas com diabetes por lá - embora não pessoalmente - colabora com essa sensação de segurança.
No fundo, acho que estava sentindo a serenidade baiana antes mesmo de chegar em Salvador!

Como sempre faço em viagens, levo insumos extras. Não quero perder tempo me preocupando em achar uma farmácia que venda insulina, agulhas, tirinhas... Por ser um período curto, fui só com a malinha de mão. Assim, para evitar qualquer problema, deixei junto com os insumos um atestado da minha endócrino afirmando que faço uso de insulina e agulhas.

Viagem que segue, o sábado foi de praia, mergulho no mar, mais acarajé, sol, Pelourinho, moqueca na Dadá regada à caipirinha de caju, cantoria na rua, um céu deslumbrante no pôr do sol... ai, ai...

No meio de tantas atividades e passeios, diversas verificações de glicemia! Regra básica para viagens: faço muito mais medições ao longo do dia do que o de costume.

O primeiro de fevereiro estava quase no fim e lá fomos nós esperar o cortejo para saudar o dia da Rainha do Mar. A chegada do Dois de Fevereiro foi na beira da praia, ao som da batida dos tambores. Da Praia da Paciência ao Rio Vermelho, flores, devoção e festa. Uma celebração bonita de se ver e forte de sentir.

Depois de um descansinho de leve, o dia raiou e lá fomos nós para a Ribeira: barco + casamento dos amigos queridos... "O mar para quem sabe amar"!
Emoção à flor da pele. Uma cerimônia sobre as águas da Bahia, com a benção do Senhor do Bonfim em forma de alianças, com uma cumplicidade tão grande e um desejo de um infinito daqueles que ultrapassam a linha do horizonte. Celebrar uma união é uma das coisas mais incríeis que eu já pude experimentar. Só agradeço...

Nos arredores da Ilha dos Frades, o resto do dia foi de diversão absoluta. No final da tarde, um baita pôr do sol para fechar o dia da mãe d'água.

O tempo foi curto mas o aproveitamento foi máximo apesar de não fazer tudo que queria, não conhecer todos os lugares que gostaria e não ter conseguido encontrar os amigos que só conheço online.

Voltei para casa com a energia renovada, o coração cheinho de amor e a glicemia reverberando todo o axé recebido por lá.

{Foto: Rafael Tonassi}

Duas certezas:
A primeira é que o diabetes realmente não me impede de sair por aí colecionando experiências e explorando o mundo...
A segunda: você já foi à Bahia? Não?? Então vá!!










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