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Mostrando postagens de junho, 2017

A palavra que conta.

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Que peso o diabetes tem! É impressionante como até hoje a palavra, dita no momento do diagnóstico, vem acompanhada de medo, tensão, pavor. É até justificável, a contar pela falta de conhecimento e entendimento sobre a condição. Quando aconteceu comigo, nos idos de março de 2009, foi assim. O susto grande, a sensação de que aquilo não podia ser verdade, não fazia qualquer sentido. Uma realidade na qual passariam a fazer parte as agulhas e as injeções diárias?? Mais: que um corte poderia nunca cicatrizar e traria as piores consequências... Não é exagero, não. Eu não entendia nada sobre o diabetes e isso era tudo que eu ouvia a respeito dessa 'doença fatal'. Imagina, aquilo não poderia ser para mim. Mas era! Só que não exatamente assim... E foi o fato de ter me dado conta disso que mudou tudo. Pesquisei, estudei, me informei, questionei e entendi. Passei da fase da negação sendo guiada pela informação, pela educação em diabetes; compreendendo a cada dia que posso viver bem c

A jornada da doçura...

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"Estamos familiarizados com a ideia de que a realidade da viagem não corresponde às nossas expectativas. A escola pessimista, da qual Des Esseintes poderia ser patrono honorário, conclui portanto que a realidade deve sempre ser decepcionante. Talvez seja mais verdadeiro e mais satisfatório sugerir que ela é essencialmente diferente." Esse é um trechinho do livro 'A arte de viajar', do Alain de Botton. - Mas você vai viajar? Não, agora não. Adoro e não deixo uma boa viagem passar, mas não é isso. O que acontece é que na hora que li justamente esse pedaço, de imediato fiz um link com o diagnóstico do diabetes! Ele seria a viagem a qual o texto faz referência... Quando eu ouvi da minha endocrinologista que o que estava acontecendo comigo era por causa do diabetes tipo 1 - que, na época, eu nem entendia direito o que significava - eu só conseguia lembrar tudo de ruim e pesado que tinha escutado sobre esse tal: amputação, um monte de 'não pode', restrições a

Eu e a glicada, a glicada e eu...

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Ah, essa relação de altos e baixos! E, finalmente, baixou. Essa tal hemoglobina glicada (ou A1C) que não me deixa sossegada a cada exame que vou fazer, mesmo depois de 8 anos convivendo com o diabetes, representa a média de glicemia dos últimos 90 / 120 dias. O considerado ideal, para nós docinhos, é que esteja abaixo de 7%. Quando fui diagnosticada com DM1, minha hemoglobina glicada era 12,3% e eu não fazia ideia do que isso significava. Mas entendi que estava alta, muito alta!! Em um mês, com o tratamento, a insulinização, a dieta (radical, naquele momento, por mais um 'achismo' meu de que só assim daria resultado), fizeram com que ela caísse tão rápido. Com o tempo, com a correria do trabalho e da vida, com a rotina de atividades físicas e, eventualmente, a falta dela, com a falta e atenção aos horários e, por aí vai, fiquei na faixa dos 7 e pouco por cento por um grande período. Não havia qualquer problema grave nisso, minha endócrino seguia me acompanhando periodicamen