O Diabetes e o Ambiente de Trabalho... um tema sensível e que precisa de atenção!
Novembro chega trazendo mais destaque para o que a gente, que convive com a condição, precisa pensar, lembrar e cuidar todo dia.
E se muito se fala sobre alimentação e atividades físicas, pouco - bem pouco! - ainda se fala da carga mental que é tomar tantas decisões todos os dias.
- Ah, mas você leva o diabetes numa boa!
Sim, até levo.
Mas porque eu tenho apoio, suporte, educação em diabetes de forma clara e honesta com a minha endócrio, acesso aos meus medicamentos e insumos (e olha que vez ou outra passo uma agonia indo de farmácia em farmácia sem achar minha insulina disponível para compra...).
Ainda assim, o fato é que acordar e ir dormir todo dia tendo que medir e contar e aplicar e medir de novo e contar de novo e aplicar de novo sem intervalos é exaustivo, por mais que eu faça com sorriso no rosto e a segurança de quem já convive com o diabetes há 16 anos.
Mas porque eu tenho apoio, suporte, educação em diabetes de forma clara e honesta com a minha endócrio, acesso aos meus medicamentos e insumos (e olha que vez ou outra passo uma agonia indo de farmácia em farmácia sem achar minha insulina disponível para compra...).
Ainda assim, o fato é que acordar e ir dormir todo dia tendo que medir e contar e aplicar e medir de novo e contar de novo e aplicar de novo sem intervalos é exaustivo, por mais que eu faça com sorriso no rosto e a segurança de quem já convive com o diabetes há 16 anos.
E aí, dentro dessa rotina de mede - conta - aplica, tem outra rotina que faz parte do dia a dia com suas próprias demandas e tarefas a serem cumpridas: o trabalho!
E no meio de uma reunião apita o alarme do sensor avisando de uma hipoglicemia...
E no meio de uma reunião apita o alarme do sensor avisando de uma hipoglicemia...
Enquanto escrevo um relatório, preciso parar para mais uma carguinha de insulina porque a anterior foi calculada errada...
Na leitura de um contrato, a distração pelo cansaço de uma noite mal dormida por uma glicemia descompensada...
E assim seguimos a cada dia, um depois do outro.
Junto com essa saga trabalho e diabetes, uma coisa que nunca se comenta mas que, no fundo, se sabe: o preconceito.
Por um julgamento de quem vê de longe e não pergunta; pelo 'achismo' de pensar que o diabetes nos deixa menos capazes; pelo rótulo de doente que nos é colocado sem que haja uma conversa para entender como é conviver com uma condição de saúde autoimune; pela culpa que insistem em jogar em cada pessoa que tem o diagnóstico do diabetes e por tanto mais.
Segundo a IDF, 7 em cada 10 pessoas com diabetes estão em idade produtiva de trabalho; 3 em cada 4 pessoas com diabetes já passou teve crises de ansiedade, depressão ou alguma outra questão de saúde mental por causa do diabetes; e 4 em 5 pessoas com diabetes já teve burnout.
Esse ano, o tema instituído pela IDF (a Federação Internacional de Diabetes) para o Dia Mundial é 'Diabetes e o Ambiente de Trabalho'.
É urgente derrubar esse estigma e combater qualquer tipo de discriminação com as pessoas que convivem com esta condição:
É urgente derrubar esse estigma e combater qualquer tipo de discriminação com as pessoas que convivem com esta condição:
Eu tenho 27 anos de atuação no setor elétrico brasileiro, 25 anos de formada em engenharia elétrica e 16 anos de diabetes tipo 1. Em nenhum momento o meu diagnóstico interferiu na minha capacidade técnica e de realização como profissional.
Pois mais um Novembro chegou!
E por aqui vamos falar muito sobre o diabetes, sobre quem somos para além do diabetes e sobre como derrubar as hostilidades que aparecem quando nos apresentamos ou nos firmamos no âmbito profissional, seja ele qual for.
Não podemos deixar o preconceito se tornar mais uma complicação da qual corremos risco com o diagnóstico de uma doença crônica!!




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