Crônicas do Isolamento -- Um respiro de liberdade

Viver em um país com proporções continentais tem dessas coisas: enquanto em lugar ainda se vê no SUS a distribuição de seringas e tiras teste para medir a glicemia em quantidades menores que o devido, em outro o sensor de monitorização contínua é incorporado como parte dos insumos necessários ao tratamento.

Foi possível observar estas diferenças de acesso ao longo da pandemia também: enquanto alguns estados já avançavam nas campanhas de imunização, outros sequer tinha recebido os primeiros lotes de vacina.

Agora seguimos assim, mas desta vez em relação aos protocolos de cuidado com a situação da covid-19 no Brasil.

Embora pareça que sim, a pandemia não acabou. Avançamos na cobertura vacinal - somos mais de 80%  de brasileiros que receberam a cobertura com até 3 doses da vacina - mas já começamos a abrir mão de algumas formas de proteção. 

Se não se há mais restrições de isolamento e nem de ocupação em locais fechados, ainda tínhamos a exigência de comprovantes de vacina como o ´passaporte´ para circular livremente por eventos / ambientes com grande números de pessoas. 
Hoje, aqui no Rio, esta medida caiu.
Os tais passaportes não serão mais exigidos e cabe a cada um, conscientemente, saber se representa um risco à outros. 

Sobre as máscaras, vejo muitas pessoas usando até em ambientes abertos. Eu mesma já abri mão quando estou ao ar livre, mas meu sorriso segue escondido quando vou ao mercado, por exemplo. Não consigo me sentir totalmente confortável em um ambiente fechado onde inúmeras pessoas passam a todo momento e pegam em produtos que provavelmente eu também vou pegar. 

A segunda dose da vacina me deixou confiante para voltar a sair, encarar a rua, um restaurante... A dose de reforço chegou para me fortalecer ainda mais e permitir encontros, abraços, finais de semana passeando por aí com essa audácia de estar sem máscara, de tomar cerveja num ensaio, de curtir os dias com um pouco da liberdade de volta. 

Isso tem um preço, claro.
Não estamos livres do vírus. Estamos mais seguros em relação ao baque que ele pode causar.
E, em caso de sintomas parecidos - garganta ardendo, espirros, cansaço, corpo moidinho - uma mera gripe pode dar logo a sensação de que é a tal da covid. 

Foi desse jeito comigo nos últimos dias...

Logo achei que pudesse estar contaminada e já sabia até o que justificaria a contaminação: na Páscoa viajamos para um hotel fazenda com as crianças e amigos e lá não teve máscara nem qualquer distanciamento.

Enfim, me mantive quietinha e em casa desde que comecei a sentir os sintomas. No terceiro dia sem melhora , conversei com a minha médica e decidimos fazer um teste. Resultado na mão e - ufa! - negativo!! 
Tudo indica que tenha sido só uma gripe mais forte.

No mais, teve Carnaval (no meu caso, do sofá por cuidado e respeito aos outros), teve feriado de novo e tem pelo ar uma sensação de que tudo está passando...
Que assim seja! 


Que a gente possa - enfim - pendurar de vez as máscaras e respirar com alívio depois de tanta perda e dias tão complicados de restrições e receios.





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