Livre...

Me rendi. Li, pesquisei, me informei, pensei, pensei muito! Ponderei prós e contras, coloquei tudo na balança e acabei decidindo, por fim, comprar o Libre.
A cabeça ainda estava alternando entre 'caro', 'prático', 'útil', 'caro' de novo... Enfim, eu sei que ele não vai ser nenhum salvador, mas sim, eu me rendi.

Logo que a Abbott anunciou que o Libre chegaria ao Brasil, fiz o meu cadastro - como recomendado pelo laboratório - e fiquei esperando. Ele chegou e a divulgação da venda, que é de exclusividade da Drogaria Onofre, foi anunciada: aqueles que estavam cadastrados, poderiam comprar o glicosímetro com desconto de 50%. O kit inicial composto pelo aparelho e dois sensores ia custar R$ 599,70.

O fato é que as vendas foram iniciadas e nós, cadastrados, tínhamos até 7 dias a partir do recebimento do e-mail com as condições de compra para aproveitar com o preço promocional. Um representante da Onofre entrou em contato comigo por telefone e me explicou a razão: como a venda ainda não foi totalmente aberta, os cadastrados estão sendo contactados e, caso não queiram, a fila anda e abre vaga para outro interessado, o que é bem justo.

Mas, eu ainda tinha alguns questionamentos e continuei atrás de informações. Fora o fato de que cada sensor (que pode ser usado por até 14 dias) custa R$239,90...

As dúvidas eram óbvias:
- Será que, para mim, vale a pena mesmo? Afinal, usualmente meço a glicemia no máximo 5 vezes ao dia.
- Será que o sensor aguenta o prazo de até 14 dias previsto (vale lembrar que se não segurar, a conta fica maior ainda), já que foi desenvolvido na Europa, onde as temperaturas são muito diferentes das que temos aqui no Brasil?

Outra coisa que me deixava preocupada era sobre a compra dos próximos sensores, já que ainda não há venda aberta do Libre. Mas fui informada que 10 dias após a compra do kit inicial, eu já consigo adquirir os sensores.

Não vou mentir: a verdade é que a praticidade do Libre me atrai demais! A proposta de um sensor que te dá a informação a tempo e a hora, a qualquer hora, é encantadora. Eu nunca tive problemas em furar o dedinho. Não me incomoda, não sinto dor, só acho chatinho o processo 'pega a tirinha + fura o dedo + coloca a gotinha + limpa o sangue' junto com os revezes 'o sangue não foi suficiente + fura de novo + pega outra tirinha'.

Por si só, chatice jamais ia me fazer gastar esse dinheiro! Mas o meu prazo de uma semana chegou ao fim e os prós venceram.
Lembrei das hipoglicemias que me acordaram no meio da madrugada e que me deram a sensação de que eu não ia nem conseguir furar o dedo para confirmar que a doçura estava bem baixa, lembrei das paradas para medir a glicemia durante passeios e aventuras em tantas viagens, lembrei das horas que eu passo tocando meu tamborim nos dias da folia de Momo, lembrei das paradinhas estratégicas durante reuniões de trabalho para ver se estava tudo em ordem e isso me fez lembrar também das manchinhas vermelhinhas mínimas encontradas nos meus cadernos e arquivos depois...

Todas essas lembranças fizeram os prós falarem muito mais alto!

Não pretendo usar o Libre como meu medidor único e não vejo como garantia de liberdade absoluta. Vou usar pelos primeiros 14 dias e provavelmente vou alternar com um tempo de uso do meu glicosímetro padrão. Mesmo assim, enxergo a decisão de compra como um investimento e não como um gasto.

Ainda tem algumas coisinhas que precisam ser esclarecidas:
Será que pode usar na praia ou na piscina?
Será que vou 'apitar' no raio X do embarque no aeroporto?

Vou ligar para a Abbott para descobrir e depois eu volto com as respostas.
Agora vou descobrir o mundo tecnológico e moderno de medição da doçura e em breve conto tudo dessa experiência!!



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