MiniMed 640G: Cena 4 - as primeiras impressões...

Primeiras 48 horas bombada!

No primeiro dia, assim que o sensor foi ativado (depois de aplicado, ele leva até duas horas para começar a se comunicar com a Bomba) comecei a me fixar no visor! Mexi no menu de trás para frente, olhei de novo todas as configurações e fiquei um tempão acompanhando a linha que mostrava as variações do meu docinho. Ainda estava meio desconfiada por não ter tomado a minha dose da Tresiba cedinho e por ter ficado algumas horas sem insulina. Força do hábito, toda mudança gera uma certa ansiedade.

O dia seguiu bem.
Calibrei a Bomba como devido, 3 vezes durante o dia. Mal precisei ajustar... estava tudo caminhando bem.
Sobre o sistema, sem dúvida que a praticidade de acompanhar minuto a minuto e lançar os carboidratos que serão ingeridos a cada refeição ou lanchinho traz uma tranquilidade em relação a manter a glicemia mais estável.

Hora do banho!! Tirar a bomba ou deixar? Já que esta pode molhar (os modelos anteriores não podem ser molhados) fui com ela. Medo dela despencar, mas sobrevivemos sem acidentes!
E aí, era chegada a hora da missão mais complexa: dormir.
De novo: medo! Dessa vez de me embolar no cateter durante o sono ou de jogar a Bomba longe. Nada disso aconteceu, mas é fato que eu não consegui dormir tranquilamente. Além disso, acordei com um alerta de que a glicemia estava subindo no meio da madrugada. Como marinheira de primeira viagem, não tomei nenhuma providência para correção. Estava com sono e fiquei com um certo receio em fazer algo errado. De manhã percebi que antes do dia raiar a Bomba tinha suspendido a liberação de insulina e evitado uma hipoglicemia!!!!
Só quem é docinho sabe a aflição que é ser despertado suando frio por conta da queda brusca da glicose. Que alegria ver o gráfico na manhã seguinte e perceber que eu não estive em risco!

Doçura dentro dos limites, a tarefa seguinte era o pilates.
Sabia que algumas estripulias que faço na aula poderiam ser o caminho para deixar a Bomba despencar, mas fui pensando em alternativas de lugar para prender. Calça, top?
Fui ajustando na hora e não tive qualquer problema.

Até que, de volta em casa... o primeiro 'solavanco'! Levantei do sofá e esqueci que não tinha prendido a Bomba na minha roupa. Só me dei conta quando senti o puxão do cateter com a Bomba já caindo.
Sem danos, nem em mim e nem na Bomba!!

A parte de deixar o algoritmo trabalhar não foi a mais difícil. Uma das maiores funcionalidades do MiniMed 640G é que você configura conforme as suas necessidades, adequando à sua rotina, e o sistema trabalha para você, ainda que não seja tudo automatizado.

Na segunda noite, já relaxei e dormi melhor, só que justamente por conta disso acabei me enrolando e me prendendo no cateter duas vezes! Uma missão complexa essa de dormir com equipamento acoplado!!
Mais uma suspensão por algum tempo, já pela manhã, e glicemia tinindo depois.
Um único incômodo maior: estou com uma pequena alergia ao adesivo do sensor. Não é grave, só chapinho. Estou usando um creme hidratante para bebês e está aliviando.

Nesses dois dias, o cuidado e a atenção da equipe da Medtronic tem sido fundamental. Lygia, minha educadora querida, Paulo e Carol.
Isso faz toda a diferença e traz mais confiança!

Próximos passos: troca do cateter, do sensor e consulta com a minha Endócrino.
O que tem sido estranho para mim, ainda, é ter alguma coisa pendurada no meu corpo. Não me acostumei... Preciso de mais um tempo com essa parceira nova.
Enquanto isso, seguimos em frente, eu e ela!




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