De um dia azul...

Em março de 2009 um diagnóstico me pegou de jeito. 
Insulina para cá, agulhas para lá, o glicosímetro que passou a ser meu companheiro de todas as goras. 

O mundo ficava do sul e do avesso!
Diabetes?? Mas eu nem como doce. E eu s´ø tenho 31 anos...

Eu não tinha qualquer noção de que a tal 'doença autoimune' nada tinha a ver com doces ou idade. 

Hoje eu já aprendi um tanto. 
Já sei que esse tipo de doçura não tem prevenção, sei que cada injeção de insulina na minha pança é fundamental para eu continuar fazendo tudo que eu gosto, sei até que existe um tal de Dia Mundial do Diabetes.

Também sei que não se trata de uma data para comemorações. 
O que foi criado para marcar uma situação de casos crescentes de diagnósticos não tem que ser celebrado, mas pode - e deve - ser usado para chamar a atenção para a causa. 

Os novos casos seguem crescendo.
Hoje foi publicada a 8ª edição do Atlas da IDF.
Os dados são ainda mais alarmantes: de um total de 425 milhões de pessoas no mundo com diabetes atualmente, a projeção para 2045 é de 629 milhões. 

Por isso a importância de falar sobre o diabetes.
De esclarecer, de explicar, de mostrar que com controle o risco de complicações diminui. De que quanto mais a gente sabe sobre o diabetes e sobre a importância do autocuidado, mais liberdade nós temos!

Vi muitas ações sendo realizadas pelo país.  
Manifestações silenciosas, audiências públicas, o Maraca apoiando, atletas envolvidos, mulheres pelo diabetes, associações ensinando e dando a mão...

Está longe de ser o ideal e ainda temos um caminho longo pela frente. 
Mas vendo tanta gente fazer acontecer pela causa, por quem precisa de ajuda, por quem está sofrendo pela falta de insumos, por quem inspira um outro igual a aderir ao tratamento e se manter firme, por quem segue firme buscando um melhor controle, eu sigo acreditando que é possível.

Que o respeito a quem convive com a condição e precisa de insulina para viver nunca seja deixado de lado. 
Que a saúde seja sempre o fator de maior peso em qualquer situação!

Porque a cara de quem tem diabetes é a cara de quem é e quer continuar sendo feliz. 
Aos meus, eu agradeço de novo e de novo e de novo... 
Estar junto cuidando, perguntando e torcendo é tão fundamental quanto as minhas doses diárias de insulina. 






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